Durante anos a redução constitucional da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salários, foi e continua sendo uma das mais importantes bandeiras do movimento sindical unido.
João Guilherme Vargas Netto*
Um motorista profissional que trabalha mais de 12 horas por dia dobra as chances de se envolver em um acidente. Acima de 14 horas de jornada de trabalho, o risco de acidente triplica, segundo o diretor do Centro de Estudos Multidisciplinar em Sonolência e Acidentes (Cemsa), Marco Túlio de Mello.
O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) defendeu na Tribuna do Senado, nesta terça-feira (25), que matérias que beneficiam os trabalhadores, como o fim do fator previdenciário e a redução da jornada de trabalho, sejam votadas imediatamente. Para ele, “essas matérias precisam do aval desta Casa (Câmara dos Deputados): fator previdenciário e redução da jornada de trabalho”.
A presidenta Dilma Rousseff se comprometeu, em reunião com sindicalistas, a estudar o atendimento a várias reivindicações dos trabalhadores, inclusive a redução da jornada de trabalho sem diminuição de salário e o fim do fator previdenciário. A reunião aconteceu dia 6, no Palácio do Planalto, quando recebeu representantes da 7ª Marcha das Centrais Sindicais e dos Movimentos Sociais – CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT.
Em entrevista ao Vermelho, Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), falou sobre a agenda de luta no primeiro trimestre do 2013 e destacou que a primeira frente de defesa será a luta pelo fim do Fator Previdenciário. Segundo ele, haverá nesta quarta-feira (23) reunião para indicar a agenda de ações.
Joanne Mota, do Vermelho em São Paulo
Ele diz que a luta nacional é legítima e vai melhorar condições de trabalho da categoria
Cinco propostas em tramitação na Câmara querem suspender a portaria do Ministério do Trabalho que criou o Sistema de Registro de Ponto Eletrônico (SRPE). O novo sistema, em vigor desde 2 de abril, é válido para empresas com mais de dez empregados que usam equipamento eletrônico para o registro da jornada de trabalho nas áreas da indústria, comércio e serviços.
A rede McDonald´s no Brasil volta a ser tema de debate na Câmara dos Deputados em função das denúncias de política salarial e jornada de trabalho análogos à escravidão. O debate, que será realizado nesta quinta-feira (12) na Comissão de Trabalho, vai reunir representantes do Poder Judiciário, do movimento sindical e da empresa Arcos Dourados (detentora da marca McDonald´s na América Latina).
“Numa nação livre onde não são permitidos escravos a riqueza mais segura consiste numa multidão de pobres laboriosos” – Marx, citando B de Mandeville (início século XVIII) – O Capital – Livro 1º Tomo III – p. 700 – Ed Avante.
Por Vaz de Carvalho*
Estabelecer limites entre a jornada de trabalho e o tempo livre é uma tarefa cada vez mais difícil para os brasileiros. Pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta quarta (21), mostra que, apesar da anunciada pujança da economia, da redução do desemprego e do aumento da contratação de trabalhadores formais, o brasileiro trabalha cada vez mais e com maior intensidade.
Osmar já recebeu em seu gabinete, em Brasília, representantes do Conselho e Federação Nacional de Enfermagem