Apoiada por uma noite de pesados bombardeios da Otan, a revolta da Líbia intensificou suas ações armadas, nesta terça (12), para tentar avançar de Ajdabiya a Brega, após ter rejeitado uma iniciativa de mediação da União Africana (UA). A TV estatal da Líbia reportou novos ataques aéreos da Otan em posições civis e militares em Misratah, a terceira maior cidade e cenário da maior revolta na região oeste.
O presidente da Líbia, Muamar Kadafi, aceitou um plano para encerrar o conflito com os rebeldes armados, envolvendo um cessar-fogo imediato, disse, no domingo (11), o presidente sul-africano Jacob Zuma. Enquanto isso, a Otan intensificou os bombardeios o país. Uma comissão da União Africana (UA) desembarcou, nesta segunda, no aeroporto de Benghazi, com o objetivo de dialogar, desta vez, com os insurgentes.
“O mundo do petróleo raramente está longe quando se trata de assuntos que envolvem o Oriente Médio e o norte da África. Esse mundo oferece um guia útil para entender as reações ocidentais diante dos levantes populares no mundo árabe.”
Por Noam Chomsky, no La Jornada
Tradução: Katarina Peixoto (Carta Maior)
A Otan recusou nesta sexta-feira (8) pedir desculpas por um ataque aéreo na última quinta-feira (7) contra tanques opositores na Líbia, afirmando não estarem de acordo que os combatentes utilizem este tipo de veículo.
Segundo divulgou a mídia estadunidense na noite de quarta-feira (6), o presidente da Líbia, Muamar Kadafi, teria enviado uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apelando pelo fim dos ataques do Pacto Militar do Atlântico Norte ao país.
O exército líbio rechaçou o avanço das forças rebeldes no território, que continua a ser fustigado pelos bombardeios imperialistas com um saldo de dezenas de mortos civis.
O líder líbio, Muamar Kadafi pediu ao presidente Barack Obama para suspender os bombardeios em seu país. A informação foi divulgada nessa quinta-feira (7) pelo porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
O exército líbio recuperou nesta terça-feira o controle da cidade de Braga das mãos dos rebeldes, avançando cerca de 15 quilômetros em direção à cidade de Ajdabiya, no leste da Líbia.
O governo da Líbia indicou nesta terça-feira (5) que está pronto para negociar reformas, mas apenas se o ditador Muamar Kadhafi não for obrigado a deixar o poder, ao mesmo tempo em que o exército do país forçaram os combatentes rebeldes a recuar no porto petroleiro de Brega.
Moussa Koussa, o agente duplo. Há várias facções na oposição líbia: monárquicos, desertores do regime Kadafi – incluindo o ministro da Justiça e mais recentemente o ministro dos Negócios Estrangeiros, Moussa Koussa –, membros das Forças Armadas da Líbia, a Frente Nacional para a Salvação da Líbia (NFSL), a Conferência Nacional para a Oposição Líbia (NCLO) a qual atua como uma organização superior.
O governo da Líbia afirmou, na noite desta segunda (04), que está disposto a negociar uma ampla reforma, incluindo a realização de eleições ou de um referendo, mas com a permanência do presidente Muammar Kadafi no país.
O Conselho de Segurança da ONU inicia nesta segunda-feira (4) uma semana marcada por crises na Líbia e Costa do Marfim, além de promover um debate sobre a situação no Haiti dirigido pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.