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ONU debate crise na Líbia, Costa do Marfim e Haiti

O Conselho de Segurança da ONU inicia nesta segunda-feira (4) uma semana marcada por crises na Líbia e Costa do Marfim, além de promover um debate sobre a situação no Haiti dirigido pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.

O Conselho escutará um informe do enviado especial da ONU para a Líbia, Abdelilah Al-Khatib, que acaba de sustentar conversas com as autoridades e forças antigovernamentais no país.

O emissário se reuniu na quinta-feira (31) na capital, Trípoli, com Baghdadi al-Mahmudi, primeiro-ministro do governo de Muamar Kadafi, e no dia seguinte, em  Benghazi, com o chefe do Conselho Nacional de Transição, Mustafa Abdeljalil.

Durante os encontros, o enviado da ONU reiterou a necessidade de cumprir as resoluções de 1970 e 1973 aprovadas pelo Conselho de Segurança, nos dias 26 de fevereiro e 17 de março.

Os textos das resoluções exigiam um cessar-fogo na Líbia e chegar a uma solução para o conflito, decretavam sanções, entre elas um embargo de armas, proibiam viajar e congelavam fundos e ativos de quase vinte pessoas, entre elas o líder líbio, Muamar Kadafi.

Também abriram as portas para a imposição de uma zona de exclusão aérea no país e para os ataques da aviação dos Estados Unidos, França e Grã Bretanha contra forças governamentais.

Desde a última sexta-feira (1), o Conselho de Segurança está presidido pelo representante permanente da Colômbia, Néstor Osorio, que já encabeça o órgão há meses. 

Na terça-feira (5) essa instância dedicará uma sessão para a crise na Costa do Marfim e receberá um aviso do subsecretário geral da ONU responsável pelas operações de paz, Alan Le Roy.

O conflito se iniciou depois do segundo turno das eleições presidenciais de novembro de 2010 e se agravou há uma semana com os combates entre forças do ex-primeiro ministro Alassane Ouattara e o atual mandatário, Laurent Gbagbo.

O primeiro foi vencedor das eleições e reconhecido pela comunidade internacional como presidente eleito, enquanto o segundo se nega a admitir a derrota e a entregar o poder ao adversário.

Na última quinta-feira, o Conselho de Segurança impôs sanções financeiras e de viagem a Gbagdo, sua esposa e três membros de seu entorno governamental.

Na próxima quarta-feira (6), será promovido pela Colômbia um debate sobre a situação do Haiti. O objetivo do encontro será reafirmar a necessidade de antecipar a ajuda ao país, assolado pelo terremoto em janeiro de 2010 e por uma epidemia de cólera há seis meses.

Entre os assistentes ao fórum se colocam o presidente haitiano, René Preval, o ex-presidente norte-americano e o enviado especial das Nações Unidas para o Haiti, Bill Clinton, e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, José Miguel Insulza.

Também estão confirmados os chanceleres da Argentina, Brasil, Colômbia, Cuba, Chile, República Dominicana, Haiti, Peru e Uruguai.

Fonte: Prensa Latina