Os presidentes da Argentina, do Brasil, do Uruguai e da Venezuela oficializam nesta terça-feira (31) o ingresso de Caracas no Mercado Comum do Sul (Mercosul), em uma cúpula extraordinária do bloco regional, que se realiza no Palácio do Planalto.
O economista Ivan Ramalho, ex-secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, será o novo alto representante do Mercosul. O nome dele foi apresentado nesta segunda-feira (30), pelas autoridades brasileiras, e aprovado pelos ministros das Relações Exteriores da Argentina, do Paraguai e da Venezuela. Ramalho recebeu voto favorável de todos os presentes na reunião de chanceleres do bloco, no Itamaraty.
Nesta terça-feira (31), às 14h, movimentos sociais e partidos políticos organizados pelo Comitê “Brasil está com Chávez” farão um ato em frente ao Itamaraty para saudar a entrada da Venezuela no Mercosul. A atividade também manifestará apoio e solidariedade do povo brasileiro ao presidente Hugo Chávez e à continuidade da Revolução Bolivariana.
O ingresso da Venezuela ao Mercado Comum do Sul (Mercosul) “coloca nesta terra, a esta pátria venezuelana, ao nosso povo, a nossa sociedade toda, a nossa economia, em nossa exata perspectiva histórica” destacou nesta segunda-feira (30), o presidente da República, Hugo Chávez.
A entrada da Venezuela como membro pleno do Mercosul – a ser formalizada na terça-feira (31) em Brasília – permite que o Mercosul reformule não apenas sua composição, mas ganhe novo impulso e ocupe todos os espaços da integração regional.
Por Emir Sader, em seu blog
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, chega nesta segunda-feira (29) ao Brasil para formalizar a entrada da Venezuela no Mercosul em ato que será oficializado nesta terça-feira (31) durante cerimônia a ser realizada em Brasília.
A entrada da Venezuela coloca o Mercosul em um novo estágio. O bloco fica ampliado nas dimensões econômicas, comerciais, culturais e demográficas. Territorialmente, incorpora mais de 900 mil quilômetros quadrados, que é praticamente as superfícies de França e Alemanha somadas.
Por Jeferson Miola *, em Agência Carta Maior
A Câmara de Senadores do Uruguai apoiou a atuação do governo na suspensão do Paraguai do Mercosul (Mercado Comum do Cone Sul) e na aprovação do ingresso da Venezuela no bloco, após uma interpelação do chanceler Luis Almagro.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou na noite desta terça-feira (25) que o fundo criado pelo país destinado ao Mercosul (Mercado Comum do Sul) terá ter um aporte inicial de 1 bilhão de reais. A informação foi divulgada em uma entrevista coletiva no Palácio Miraflores, sede do governo, em Caracas, logo depois de o chefe de Estado ter recebido uma delegação brasileira presidida pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Alessandro Teixeira.
A presidenta Dilma Rousseff enviou uma missão a Caracas para acertar detalhes da entrada da Venezuela no Mercosul. Dilma quer que o processo de incorporação do país caribenho esteja finalizado até dezembro.
Com a entrada da Venezuela e a suspensão do Paraguai no Mercosul, o bloco resolveu adiar a negociação com a União Europeia (UE) que estava prevista para esta semana em Brasília.
Às vésperas da cerimônia que vai oficializar a incorporação da Venezuela ao Mercosul, o presidente do país, Hugo Chávez, disse nesta quarta (25) à noite que o bloco é o “maior motor” da América do Sul. Segundo ele, é o Mercosul que favorece o desenvolvimento da região e a incorporação da Venezuela ao bloco representa a abertura de um "horizonte infinito”. A solenidade que marcará a entrada da Venezuela no Mercosul ocorrerá no dia 31, em Brasília.