Resolução da Comissão de Ética Pública da Presidência proíbe aos ministros fazer promessa cujo cumprimento dependa do cargo, prejudicar o exercício de suas funções e recorrer a evento oficial para viajar com propósito eleitoral. Mas no governo golpista, o cumprimento da lei é de acordo com os interesses de quem governa. Isso porque o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-RR), participou de eventos eleitorais em dias de agenda oficial e fez promessas ao lado de candidatos a prefeito no Paraná.
Desde que as manobras conspiratórias contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff foram reveladas, o ilegítimo Michel Temer demonstrava claramente a sua ânsia pelo poder. Após consumar o golpe e com apoio de boa parte da mídia, tenta construir uma imagem de um líder nato e respeitado por seus aliados. Autodenominado como vice-decorativo, Temer agora quer ser o “imperador” na sua república golpista.
Michel Temer não vai demitir Alexandre de Moraes porque ele faz, em seu estilo gangsta jacu, o que o governo vive fazendo: mentir e enganar. A favor, por enquanto. O chefe passou a mão na careca do ministro e passou-lhe um pito paternal. “Não faça mais isso, Alezeira”. E vida que segue.
Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo
A escandalosa afirmação e uso político das ações da Lava Jato escancarada pelo ministro da Justiça de Temer, o tucano Alexandre de Moraes, criou até agora um desconforto para o governo ilegítimo. Diferentemente do que vazia com a presidenta Dilma Rousseff, a imprensa propagou a tese de que Temer ficou irritado com Moraes e o convocou para uma reunião de emergência para cobrar explicações.
Na semana passada, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou estudo mostrando que, no segundo trimestre deste ano, a renda dos trabalhadores mais bem remunerados do país aumentou 2,4%, na comparação com o mesmo período do ano passado. O Ipea apontou também que as maiores perdas salariais foram registradas entre os que recebem menos que o salário mínimo e entre os que têm rendimento médio de até R$2 mil. Nesses grupos a queda média em 12 meses foi de 8,8%.
Por Gleisi Hoffmann*
O golpe de 2016 trouxe o Brasil, definitivamente, de volta a um passado que já tínhamos superado. Nesta segunda-feira (26), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, está reunido com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Brasília. Desde o governo Lula o Brasil se livrou do endividamento junto ao órgão.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE-foto), acusou o governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) de “maquiar” a contratação de cargos comissionados ainda durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), quando era interino. De acordo com o senador, ao contrário do que disse o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, que cortaria mais de quatro mil cargos, foram nomeadas sete mil pessoas.
A socióloga Maria Alice Setubal é uma autoridade em educação e acompanha com lupa o que acontece com o ensino público no Brasil por meio do Centro de Estudos em Pesquisa e Educação (Cenpec). A especialista se expressa com delicadeza quando fala, mas as palavras que escolhe para avaliar a reforma de ensino médio, apresentada esta semana pelo Governo Temer, são contundentes.
O jornalista João Filho relembra neste domingo (25) em artigo publicado no site The Intercept Brasil os casos de corrupção envolvendo o presidente que não recebeu nenhum voto, Michel Temer. Ignorada pela mídia e pelos paneleiros, como menciona o autor do texto, a lista não é pequena. O nome de Temer é envolvida em propinas diversas, entre elas, das empreiteiras Odebrecht e Camargo Correia.
Pegou muito mal a medida provisória 746, com proposta de reformulação do ensino médio. Com a reação popular, o governo golpista se viu forçado a recuar. Principalmente por causa do retrocesso da MP. E a intenção de enxugar o currículo e de tornar as matérias de artes, educação física, sociologia e filosofia como facultativas.
O ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante voltou a criticar, nesta sexta-feira (23), a proposta de reforma do Ensino Médio encaminhada pelo governo Temer por meio de média provisória ao Congresso Nacional. Para Mercadante, a flexibilização da grade curricular, sem a fixação do que deve ser oferecido a todos como dever do Estado, vai legalizar a desigualdade de oportunidades de aprender.
Ministro informal do governo de Michel Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) apresentou nesta terça-feira (20) uma Proposta de Emenda à Constituição que regulamenta o lobby no Congresso Nacional e permite que empresas apresentem "emendas e proposições" na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.