Durante a reunião com parlamentares da base aliada o golpe nesta terça-feira (24), Michel Temer demonstrou que sentiu o baque provocado pela divulgação da conversa de seu escudeiro, Romero Jucá (PMDB-RR), até então ministro do Planejamento, e Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. Irritado, Temer disse que sabe governar e não é "coitadinho". Disse que já "tratou com bandidos" quando foi secretário de Segurança Pública de São Paulo, e por isso sabe governar.
Por Dayane Santos
Para o economista e ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, a tentativa de barrar as investigações da Operação Lava Jato – explicitada no áudio do ex-ministro do Planejamento Romero Jucá – é uma das causas por trás do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A principal, contudo, seria reduzir direitos sociais e dos trabalhadores, avaliou.
O economista e professor da UFRJ, João Sicsú, avaliou que as medidas anunciadas nesta terça (24) pelo presidente interino Michel Temer (PMDB-SP) são “antipopulares”, “neoliberais” e inacabadas. Para ele, as ações foram anunciadas de forma “atabalhoada” pelo governo como uma forma de desviar o foco das declarações do ex-ministro do Planejamento, Romero Jucá, que revelam as intenções por trás do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.
Por Joana Rozowykwiat
O presidente interino, Michel Temer, anunciou nesta terça-feira (24) medidas econômicas antipopulares e neoliberais, que incluem limitar os gastos públicos – inclusive com Saúde e Educação – e acabar com o Fundo Soberano, espécie de poupança criada em 2008 para ser usada em períodos de crise. O governo também irá priorizar o projeto que acaba com a exigência de a Petrobras ser a operadora única e ter participação mínima de 30% na exploração do pré-sal.
Em seu primeiro pronunciamento após a divulgação da conversa de seu ministro Romero Jucá que desnudou o golpe, o presidente interino Michel Temer disse durante a reunião com líderes de partidos da base golpista, nesta terça-feira (24), que é vítima de "agressões psicológicas". Ele salientou que seu "governo será do diálogo" e que "sabe o que fazer no governo" porque já "tratou com bandido".
O presidente interino Michel Temer disse que o ex-ministro do Planejamento Romero Jucá, que pediu "licença" do posto nesta segunda (23), continuará auxiliando o governo no Congresso após deixar o cargo. Jucá é senador pelo PMDB de Roraima. Para Temer, ele é "competente" e "dedicado".
A primeira visita do presidente interino, Michel Temer (PMDB-SP) não saiu como esperavam os aliados do governo. Sob protestos, vaias e gritos de "golpista", o presidente ilegítimo Michel Temer (PMDB-SP) esteve no Senado para entregar ao presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), a nova proposta de meta fiscal de 2016, que prevê um déficit de R$ 170,5 bilhões.
Notoriamente conhecido por ser um dos principais articuladores do rompimento do PMDB com o governo Dilma Rousseff, o agora ministro do Planejamento Romero Jucá teve uma conversa divulgada pela Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (23). Segundo o jornal, a conversa foi gravada semanas antes da votação na Câmara dos Deputados que desencadeou o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e estão em poder da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Por Dayane Santos
O governo interino de Michel Temer surgido da conspiração por meio de um golpe de Estado, conduzido por agrupamentos conservadores, retrógrados e fascistizantes, só podia ser horrível – não deu outra.
Por Renato Rabelo*, em seu blog
Temendo manifestações contra seu governo, marcadas para acontecer neste domingo (22), o presidente interino Michel Temer está ilhado em São Paulo. Seguranças fecham as vias de acesso à rua da residência onde mora o peemedebista.
Após uma série de críticas e manifestações de setores da sociedade e da classe artística, o Ministério da Cultura será recriado. A decisão do presidente interino Michel Temer foi confirmada por meio de uma nota, pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. O ministro da pasta será Marcelo Calero, que já havia sido escolhido para chefiar a área de cultura quando ainda se pensava nela como uma secretaria vinculada ao Ministério da Educação (MEC).
Em um forte depoimento ao Cuca da UNE, a atriz Patrícia Pilar afirma que é "impossível legitimar" o governo de Michel Temer. Sendo ela, não dá para aceitar uma mudança de programa que não foi referendada pela população.