É destaque no Painel da Folha desta segunda (17) que o movimento de artistas contra Michel Temer acredita que o recesso branco da Câmara deve ajudar a angariar mais votos de deputados para que a denúncia por corrupção passiva seja aprovada.
Para rejeitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva, o governo Michel Temer escancarou o balcão de negócios do Planalto. Dos 40 deputados que votaram pela rejeição do parecer, 39 tiveram R$ 266 milhões em emendas parlamentares empenhadas no período de junho, após a divulgação da delação do empresário Joesley Batista, e as duas primeiras semanas deste mês, ou seja, às vésperas da votação.
“Somente um procedimento como esse (a negociação de compra de votos) já seria motivo para nos causar muito mal-estar, para nos indignar. Mas partindo de quem é ávido por manter-se no cargo custe o que custar e de aliados que sequestraram a democracia, esse somente é um dos atributos mais detestáveis de uma lista longa de posicionamentos e de uma razão cínica e destrutiva que estão a desmantelar o País”.
Por *Sabrina Serra Matos
Após diversas matérias na imprensa mostrando o aumento da liberação de emendas parlamentares após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer, o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão divulgou nota afirmando que a liberação das verbas é “um procedimento obrigatório previsto na Constituição”.
O presidente Michel Temer se reuniu no sábado (15) com o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), relator que recomendou o arquivamento da denúncia contra ele na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara. Ao lado dos ministros da Educação, Mendonça Filho, e da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, Temer recebeu o parlamentar para um almoço do qual participaram também familiares do deputado e de Imbassahy, que também é do PSDB.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou relatório contrário à aceitação da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer. Ao todo, 40 deputados votaram a favor de Temer. Esses parlamentares somaram R$ 134 milhões em empenhos para emendas só no mês de junho. Dos 40 votos a favor de Temer, 36 tiveram empenhos para emendas em junho, logo antes da votação.
Frente ao atual quadro, é compreensível a indagação de quem não entende a passividade da maioria. Até quando aguardar para que ouçamos o apito da panela?
Por Paulo Kliass *
Na votação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, nesta quinta-feira (13), o governo manobrou para trocar 19 de seus 66 membros, substituindo por parlamentares pró-Temer, e assim garantir a rejeição da denúncia contra o presidente por crime de responsabilidade.
Por Dayane Santos
Deputados e senadores acolheram o relatório da Comissão Mista de Orçamento. O parecer aprovado proíbe a concessão de reajustes salariais posteriores ao término do mandato presidencial e restringe as admissões de novos servidores públicos.
A vitória fabricada pelo governo para rejeitar a denúncia por corrupção passiva contra Michel Temer, com liberação de emendas parlamentares e a substituição de 19 dos 66 integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mostrou o modus operandi do golpe contra a democracia. O governo conseguiu a rejeição da admissibilidade da acusação por corrupção passiva, mas ainda não tem força para barrar a denúncia em plenário.
Por Dayane Santos
Quatro representações contra a lei que afrouxa as regras da regularização fundiária urbana e rural foram protocoladas na Procuradoria-Geral da República (PGR) desde ontem (12), um dia após a sanção pelo presidente Michel Temer.
Em uma cerimônia cujos discursos pareciam tratar de uma realidade paralela, o presidente Michel Temer sancionou, nesta quinta (13), o projeto de reforma trabalhista aprovado pelo Congresso Nacional. As mudanças, que ferem de morte direitos consagrados dos trabalhadores, estão previstas para entrar em vigor em 120 dias, após sua publicação no Diário Oficial da União.