Para professora de Economia da USP, sem reforma tributária, corte de desonerações, melhora da situação fiscal e das condições políticas, não há como fazer um programa de investimento em infraestrutura.
Em conferência na Unicamp, Costas Lapavitsas, da Universidade de Londres defende intensificação de políticas para reduzir o desemprego e recuperação da soberania grega.
Nesta terça (30), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, escancarou a quem serve o governo. Segundo ele, a agenda do Congresso está em sintonia com a de Michel Temer e tem como foco o mercado. Para Flávio Tonelli Vaz, especialista em orçamento e políticas públicas, é a isso que Temer se refere quando diz que pôs o país nos trilhos: “Nos trilhos do mercado. E a agenda do mercado não é a do emprego, da produção. É a do mercado financeiro. Não tem a ver com o povo, com inclusão social e cidadania”.
Maduro, exalando mau cheiro – mas ainda não caiu. Assim é Temer, que a todo custo procura se sustentar.
Por Luciano Siqueira*
Michel Temer deu posse nesta quarta-feira (31), em cerimônia no Palácio do Planalto, Torquato Jardim no cargo de ministro da Justiça. Durante a cerimônia, Temer falou em respeito à Constituição e abuso de autoridade.
Comunistas avaliam que Michel Temer já não tem mais condições de se manter na Presidência da República. O presidente ilegítimo tem manobrado para evitar novas denúncias e “garantir” reformas ultraliberais.
O Parlamento do Mercosul e a Organização das Nações Unidas rechaçaram a truculência de Michel Temer e a "militarização" contra atos pacíficos dos movimentos sociais. A forte repressão policial que marcou as manifestações na Esplanada, no último dia 24, transforma o Brasil numa "vergonha internacional", avalia o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). Governo ilegítimo utiliza a "força" para se sustentar
As mudanças no primeiro escalão do governo Michel Temer têm como objetivo blindar nomes envolvidos em escândalos de corrupção. Esta é a avaliação da líder do PCdoB na Câmara, deputada Alice Portugal (BA).
Em nota divulgada nesta terça-feira (30), o Conselho Federal de Economia (Cofecon) repeliu as reformas do governo, como a trabalhista e a previdenciária, defendeu o afastamento de Michel Temer e a realização de eleições diretas, classificando como "passos indispensáveis para a tão desejada retomada do crescimento econômico".
A rejeição ao governo do ilegítimo de Michel Temer sempre foi alta desde que assumiu. aumentou com as reformas que retiram direitos e, agora, após as revelações trazidas pela conversas gravadas pelo empresário da JBS, se consolidam. É o que demonstra levantamento feito pelo Paraná Pesquisas e divulgado pela colunista Vera Magalhães, do Estadão, que indica que os brasileiros querem eleições diretas.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou hoje (30) a Polícia Federal (PF) a tomar o depoimento de Michel Temer. De acordo com a decisão, Temer deverá depor por escrito e terá 24 horas para responder aos questionamentos dos delegados após receber as perguntas sobre as citações nos depoimentos de delação da JBS.
O golpe continua a produzir efeitos deletérios. Desde 2014, inconformados com a derrota nas urnas, a direita se reagrupou em torno de um interesse comum, apostando no discurso de ódio e de suposto “combate à corrupção”. A base do governo tem poucas convergências e muitas divergências. Com a crise instaurada no governo Michel Temer, após as revelações da conversa com Joesley Bastista, da JBS, a disputa sem consenso é quem deve assumir, já que Temer já é considerado carta fora do baralho.