O ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira, traz novos elementos ao escândalo que derrubou Marcelo Calero e diz que Geddel Vieira Lima, que usou seu cargo em interesse próprio, pode ter ganho o imóvel avaliado em R$ 2,4 milhões, localizado no edifício que, segundo técnicos do Iphan, agride o patrimônio histórico de Salvador.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) se manifestou neste sábado (19) em sua página no Facebook a respeito do caso que resultou na demissão do ministro da Cultura, Marcelo Calera. Ele teria sido pressionado pelo ministro da Casa Civil Geddel Vieira de Lima para aprovar um projeto de um prédio em Salvador, em uma área protegida pelo Iphan.
Além do escritor Marcelo Rubens Paiva, outros dois artistas recusaram a Ordem do Mérito Cultural, prêmio do Ministério da Cultura, por considerar o governo Temer "ilegítimo". Daniela Thomas e Arthur Omar também rejeitaram o prêmio, entregue na semana passada na cerimônia de comemoração ao centenário do samba no Palácio do Planalto. O evento teve ainda ausências de dois agraciados ou representantes, o que fez com que seus nomes fossem ignorados pelo mestre de cerimônia. Informações são de O Globo.
A aprovação da PEC 241 poderá afetar profundamente o orçamento da cultura. Mantidas as condições atuais, em cinco anos a pasta pode perder 33% do seu orçamento nominal, o que significaria a perda de cerca de 90% de seu orçamento voltado para ações finalísticas, que inclui todos os editais, obras (inclusive do PAC Cidades Históricas) Fundo Nacional de Cultura, convênios com estados e municípios, entre outros.
Por João Brant*
Esta semana o movimento Ocupa Minc comemora 100 dias ocupação no espaço do antigo Canecão, em Botafogo, no Rio de Janeiro. A programação vai trazer além de debates e atividades culturais um debate com candidatos a vereador para as eleições municipais na capital fluminense nesta quarta-feira (24). Confira a programação.
Diante das ações prejudiciais ao setor cultural no Brasil, cometidas pelo governo interino de Michel Temer, através do novo ministro Marcelo Calero, lideranças da área repudiam a gestão do Ministério da Cultura em âmbito federal. Em depoimentos eles criticam o “total desmonte institucional que, tal qual o Golpe, assalta a sociedade brasileira também no âmbito da Cultura”.
Depois de demitir 81 funcionários do Ministério da Cultura, Marcelo Calero, responsável pela pasta, manifestou sobre as críticas ao assunto responsabilizando o governo da presidenta afastada Dilma Rousseff. Ele se referiu à gestão anterior como "irresponsável e incompetente". Em sua página oficial, nesta quarta-feira (27), o ministro escreceu que não há desmonte do ministério e sim "um pessoal raivoso que insiste na tese estapafúrdia do desmonte do MinC".
Um dia após a violenta desocupação do Palácio Capanema no Rio de Janeiro, o Ministério da Cultura Publicou no Diário Oficial da União portarias de 22 a 25 de julho de 2016 exonerando mais de setenta servidores de cargos de chefia e assessoramento superior em diversas localidades do Brasil. Os atos são assinados pela Secretária-Executiva do Ministério, Mariana Ribas da Silva, e pela Presidente do Iphan, Kátia Bogea.
Esquecendo o elementar da diplomacia e da política, Calero protagoniza inadmissível tentativa de censura na Cultura.
Por Alexandre Weffort*
Marcelo Calero, que ocupa atualmente o Ministério da Cultura, criticou o protesto da equipe do filme Aquarius em Cannes contra o golpe no Brasil, durante uma entrevista ao Jorge Bastos Moreno, na TV Brasil. A atriz Sônia Braga reagiu imediatamente, em sua página no Facebook: “O ministro da Cultura ofendendo artistas é inadmissível. O senhor está nesse cargo para dialogar, para nos ajudar, para fazer a ponte com quem nos explora".
Os ex-gestores do Ministério da Cultura, João Brant e Alfredo Manevy, e a atriz Débora Duboc enumeraram qualidades e defeitos da condução da política cultural brasileira de 2003 a 2015. Brant criticou o discurso do atual ministro da cultura. “Esse discurso de que o partido é a cultura traz embutida uma lógica clientelista e de balcão que pensávamos que estava superada”.
O interino Michel Temer extinguiu o Ministério da Cultura mas foi pressionado pelos movimentos sociais e recuou. Porém, os avanços na política cultural da última década, instrumento importante no acesso de iniciativas populares ao investimento público, podem chegar ao fim. O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé realiza nesta segunda-feira (6) o debate "Os desafios da cultura brasileira" tendo o golpe como cenário. Assista ao vivo, as 19h, no Portal Vermelho