O presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), desembargador Jirair Aram Meguerian, decidiu que o Incra e a Universidade Federal de Goiás (UFG) podem dar continuidade à turma especial de direito para assentados da reforma agrária na cidade de Goiás. A liminar, concedida às vésperas do Natal, suspende os efeitos da decisão anterior que extinguia a turma, em ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF).
Será somente de repressão judicial e de condenação indiscriminada da mídia, que vive a multidão pobre de agricultores sem-terra espalhada pelo Estado e pelo país? Acampamentos de sem-terra e de sem-teto perseguidos e violentados por decisões administrativas e sentenças, por jagunços a soldo de latifundiários, é mesmo esse o único tratamento que merecem?
Por Antonio Cechin e Jacques Távora Alfonsin*, no IHU
Mais de 300 pessoas participaram, no dia 9, do ato em solidariedade ao MST, no auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Sob o lema “Somos todos sem terra”, o ato foi uma homenagem aos que lutam pela reforma agrária e contra a miséria e a fome no país.
Em entrevista ao programa "É notícia", da Rede TV, no último domingo (6/12), o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, explica a relação do movimento com o governo Lula, argumentando que o principal elemento é a autonomia, mas justificando as ações contra a desestabilização do governo pela direita em 2005. Stédile também critica o papel da mídia no país e apresenta seus argumentos de defesa da Reforma Agrária do país.