No espetáculo novelizado da Lava Jato, em que a mídia denomina os donos da lei e os que são contrários a qualquer conduta destes são os maus, a bola da vez é o ministro Gilmar Mendes. A decisão da Supremo Tribunal Federal (STF) de revogar a prisão “preventiva perpétua” imposta contra o ex-ministro José Dirceu continua repercutindo na grande mídia e o ministro, ao seu estilo faroeste, mantém o clima em temperatura elevada.
Por Dayane Santos
Avogados criminalistas reunidos no 2º Seminário Direito Penal e Processo Penal em Tempos de Lava Jato, realizado pela União dos Advogados Criminalistas (UNACRIM) no Recife, lançaram uma carta com críticas à Lava Jato, à colaboração premiada, às prisões preventivas e à cobertura dos meios de comunicação.
Com a proximidade do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sérgio Moro, responsável pelo processo da Lava Jato em primeira instância, a imprensa aumentou as ilações e acusações em provas contra o ex-presidente.
Os movimentos sociais que compõem a Frente Brasil Popular estão convocando a militância para ir até Curitiba (PR) acompanhar a audiência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o juiz Sérgio Moro, no dia 10 de maio, como parte da Jornada de Luta pela Democracia.
Desde que foi deflagrada, em 2014, a Operação Lava Jato criou um cenário de devastação na área de infraestrutura no país, com quebradeira das maiores construtoras nacionais e dezenas de obras estruturantes paralisadas. Agora, a força-tarefa de Curitiba dirige seu canhão contra os partidos, ao apresentar, nesta quinta-feira (30), uma ação de improbidade administrativa contra o Partido Progressista (PP).
Por Dayane Santos
Fatos, versões, mentidos e desmentidos têm povoado nos últimos dias o noticiário sobre as imagens gravadas pela Polícia Federal da condução coercitiva de Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrida no início do ano passado. Que os federais gravaram sua própria entrada armada na casa de Lula às 6h da manhã, invadindo a privacidade do ex-presidente e de Dona Marisa naquele dia 4 de março, já não resta dúvida: a própria autoridade policial admitiu isso em nota, quando ficou difícil fazer outra coisa.
"O Poder Judiciário e a Polícia Federal estão saindo do controle da sociedade. Transformaram-se em poder perigoso para os destinos da democracia e do desenvolvimento brasileiro", a afirmação é do ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira, em artigo publicado nesta quinta-feira (30), na Folha de S. Paulo, em que critica duramente os rumos da Lava Jato, do Judiciário e da Polícia Federal.
No dia 17 de março de 2017, a operação Lava Jato comemorou seu terceiro aniversário de funcionamento ininterrupto. Para além de todas as consequências relativas a elementos de natureza política, jurídica e policial, a implantação de uma profunda articulação entre o Ministério Público Federal, a Justiça Federal e a Polícia Federal tem provocado também um enorme impacto sobre a atividade econômica em nosso país.
Por Paulo Kliass*, especial para o Vermelho
A Operação Lava Jato completou três anos neste mês de março com impactos controversos em diversas áreas. Numa economia já em crise, as investigações findaram por deixar um saldo de obras paradas, corte de investimentos, empresas quebradas e muitas demissões. De acordo com a Federação Única de Petroleiros (FUP), setores que foram atingidos, direta ou indiretamente, pela operação perderam cerca de 2 milhões de postos de trabalho em 2015 e algo em torno de 1 milhão em 2016.
Advogados de defesa denunciam vazamento ilegal de imagens de condução coercitiva do ex-presidente para produção do filme 'Policia Federal – A Lei é Para Todos', que será lançado em agosto.
A presidenta Dilma Rousseff classificou como "levianas" e "infundadas" as informações publicadas nesta quinta-feira (23), sobre supostas declarações atribuídas ao empresário Marcelo Odebrecht em delação vazada à grande mídia. "A ex-presidenta Dilma Rousseff não tem e nunca teve qualquer relação próxima com o empresário Marcelo Odebrecht, mesmo nos tempos em que ela ocupou a Casa Civil no governo Lula", diz o texto.
O coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal, procurador Deltan Dallagnol, concedeu entrevista ao jornalista Ricardo Boechat, da Band.