O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu nesta segunda-feira (20) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão da ação penal em que ele foi citado por Júlio Camargo, um dos delatores da Operação Lava Jato. A questão será decidida pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, devido ao período de recesso na Corte.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, respondeu as críticas feitas por parlamentares e, principalmente, pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao afirmar por meio de nota que "investiga fatos, jamais instituições".
Na primeira sentença dada a empreiteiros, o juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal de Curitiba, condenou nesta segunda-feira (20) seis réus envolvidos na Operação Lava Jato, que investiga corrupção em contratos da Petrobras.
Após a reunião da coordenação política com a presidenta Dilma Rousseff, nesta segunda-feira (20) – a primeira após o anúncio do rompimento político do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha –, os ministros Eliseu Padilha (Aviação Civil), Nelson Barbosa (Planejamento) e Jaques Wagner (Defesa) concederam entrevista coletiva. Segundo os ministros, a reunião fez um balanço das medidas aprovadas no primeiro semestre no Congresso Nacional e a projeção do que será feito no segundo semestre.
O pedido de acareação que pode colocar, frente a frente, o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-consultor da Toyo Setal, Júlio Camargo, foi protocolado nesta segunda-feira (20) na secretaria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.
A Polícia Federal anunciou o indiciamento de nove pessoas no inquérito da 14ª fase da Operação Lava Jato relacionado à construtora Andrade Gutierrez por crimes contra a ordem econômica, corrupção ativa e lavagem de dinheiro e fraude à licitação. Entre elas, está o presidente da empreiteira, Otávio Marques de Azevedo, os lobistas Mario Goes e Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.
Toda crise, diz o senso comum na política, precisa piorar antes de melhorar. O rompimento de Eduardo Cunha com o governo, depois de atingido por uma denúncia explosiva, está sendo apontado, com quase unanimidade, como a abertura das portas do inferno para o Governo Dilma. No curto prazo, tudo tende mesmo a piorar mas este pode ser o episódio delimitador do início do fim da crise.
Por Tereza Cruvinel*
A busca e apreensão de documentos nas casas e escritórios de três senadores e o vazamento da delação premiada que acusa o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de ter pedido U$S 5 milhões em propina, ambos os fatos desencadeados pela Operação Lava Jato, agravaram o cenário de instabilidade política. Esta é a avaliação da presidenta nacional do PCdoB, deputada federal Luciana Santos, em entrevista ao Portal Vermelho, na noite desta sexta-feira (17).
Em entrevista coletiva de imprensa no Salão Verde nesta sexta-feira (17), o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciou oficialmente o seu rompimento com o governo da presidenta Dilma Rousseff. Ele disse que vai tentar no Congresso do PMDB, em setembro, convencer a legenda a seguir o mesmo caminho.
O doleiro Alberto Youssef afirmou nesta quinta-feira (16), em depoimento à Justiça Federal no Paraná, que é vítima de intimidação por um deputado federal que integra a CPI que investiga os supostos desvios de dinheiro da Petrobras. O doleiro não disse quem é o parlamentar, mas se referiu a ele como um “pau mandado” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está enfurecido com o vazamento do depoimento da delação premiada do lobista Júlio Camargo concedido ao juiz Sergio Moro, em Curitiba, capital do Paraná. Ele foi acusado pelo réu de receber US$ 5 milhões de propina.
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, foi acusado pelo réu delator da Lava Jato, Julio Camargo, de ter pedido cerca de US$ 5 milhões em propina, dinheiro que seria usado para campanha eleitoral, segundo informações do Estadão. O jornal O Globo, por sua vez, afirmou que o valor negociado seria R$ 10 milhões.