Fatos históricos determinam as revoltas que estão se espalhando atualmente nos países árabes, do norte da África ao Oriente Médio. Este diagnóstico de Mohamed Habib, professor da Unicamp, pró-reitor e vice-presidente do Instituto de Cultura Árabe permeou o debate realizado na noite da terça-feira (1) na sede nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em São Paulo.
Por Osvaldo Bertolino
O governo dos Estados Unidos disse nesta segunda-feira (28), em tom de ameaça, no Conselho de Direitos Humanos (CDH) da Organização das Nações Unidas (ONU), que estão abertas "todas as opções" em relação à Líbia, referindo-se indiretamente ao uso da força militar.
As revoltas que estão se espalhando atualmente nos países árabes, do norte da África ao Oriente Médio, serão tema do próximo debate que o Portal Vermelho, o Cebrapaz, a Secretaria de Relações Internacionais do PCdoB, a Fundação Maurício Grabois e a UJS realizarão na próxima terça-feira, 1º de março, em São Paulo.
Segue tenso o clima na Líbia nesta segunda-feira, 21, quando se completa uma semana das manifestações contra o presidente Muamar Khadafi, que ocupa o poder a mais de 40 anos. Aviões militares atiraram contra milhares de manifestantes em Trípoli, capital do país, segundo informações da TV Al Jazeera. Cerca de 250 pessoas teriam morrido no ataque.
As manifestações populares prosseguiram nesta segunda-feira nos países árabes do Oriente Médio e norte da África, caracterizadas em sua imensa maioria por enfrentamentos violentos que causaram centenas de vítimas, inclusive mais de 50 mortes na Líbia.
Diante da situação tensa em que se encontra a Líbia, o governo do Brasil, através de sua embaixada, está buscando a retirada de brasileiros do território. Para isso, aguarda autorização do presidente Muammar Khadafi. Um avião fretado deverá, em breve, retirar 170 pessoas que estão em Benghazi, uma das principais cidades do país e foco de boa parte dos protestos.
O secretário-geral da Liga Árabe, Amre Mussa, anunciou neste sábado (19) a intenção de apresentar-se como candidato a presidente do Egito nas próximas eleições, previstas para setembro.
Manifestantes retornaram à Praça da Pérola, no Bahrein, após a retirada das forças de segurança das ruas da capital do país, Manama, na tarde deste sábado (19). Com a retirada dos tanques e soldados, uma multidão passou a se aproximar da praça, onde ainda se encontravam batalhões da polícia de choque.
Depois do crescimento da onda de protestos contra o regime de Muammar Kadafi, no poder desde 1969 na Líbia, o governo decidiu bloquear totalmente o acesso à internet no país, relataram diferentes agências de notícia na manhã deste sábado.
As negociações de paz no Oriente Médio voltaram a viver desde hoje um horizonte de incertezas depois do veto dos Estados Unidos a uma resolução da ONU contra os assentamentos israelenses nos territórios palestinos ocupados.
As forças de segurança do Bahrein dispararam contra centenas de pessoas que se juntaram na praça Pérola, na capital do Bahrein, lançando granadas de mão e tiros a partir de um helicóptero nesta sexta-feira (18).
Manifestações na Líbia, no Iêmen e no Bahrein, três nações árabes com governos ditatoriais, provocaram dezenas de mortes nesta sexta-feira (18), depois que as forças de repressão desses países tentaram dispersar os manifestantes com o uso de armas.