Chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um recurso do fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, que foi condenado a 30 anos de prisão pela morte da missionária Dorothy Stang, em 2005. Ele pede a revogação de sua prisão preventiva, decretada em setembro pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), sob a alegação que há “absoluta ausência de fundamentação” na decisão.
Um vídeo produzido por alunos do curso de Engenharia Civil e de Economia, da Universidade de Campinas (Unicamp), rebate o Movimento Gota D’Água, promovido por atores globais contra a construção da Usina de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará. O vídeo dos estudantes faz parte do Movimento Tempestade em Copo D’água?, que é possível acompanhar pela internet.
Como paraense, sinto-me na responsabilidade de manifestar publicamente aos meus conterrâneos, sem distinção de origem ou região, a minha posição e sentimento sobre a divisão do Pará.
Estudos apresentados nesta segunda-feira (28) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostram que, em caso de separação do Pará em três estados todos eles nascerão deficitários. Enquanto o Pará registra atualmente um superávit anual de aproximadamente R$ 300 milhões, subtraindo suas despesas da receita orçamentária, Carajás terá déficit de pelo menos R$ 1 bilhão anual, Tapajós, de R$ 864 milhões, e o Pará remanescente, de R$ 850 milhões.
As campanhas a favor da criação dos estados de Carajás e do Tapajós arrecadaram, até agora, mais de cinco vezes o valor obtido pelos movimentos contrários à divisão do Pará. De acordo com prestação de contas parcial divulgada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as campanhas separatistas arrecadaram juntas R$ 1,3 milhão, enquanto as ações em defesa da manutenção do território paraense receberam R$ 242 mil.
No último domingo (20), a cidade de Belém foi palco de carreatas e manifestações contrárias e favoráveis à divisão do Pará em outros dois Estados: Carajás e Tapajós. A mobilização foi a primeira carreata do movimento pró-divisão e, segundo reportagem da Folha.com, diversos moradores da capital, portando bandeiras do Estado e material contra a cisma, vaiaram o movimento pró-cisão.
Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta (11) mostra que 58% dos eleitores do Pará são contrários à divisão do estado em três unidades federativas (Pará, Tapajós e Carajás).
A família de José Cláudio e Maria do Espírito Santo, o casal de extrativistas assassinados em maio deste ano, enviou carta do ministro da Justiça, José Eduardo Cardos, pedindo celeridade na apuração do crime. Os familiares do casal reclamam que, diante da morosidade da justiça no caso, a situação no assentamento onde vivem está se agravando, com ameaças e intimidações aos familiares do casal, que tiveram que sair da área onde viviam.
O Ministério Público Federal (MPF) no Pará pediu à Polícia Federal que garanta proteção para testemunhas que denunciaram, na semana passada, uma rota de retirada ilegal de madeira da Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio e da Floresta Nacional Trairão.
Hoje (19), completa uma semana que os eletricitários do Pará, funcionários da Rede Celpa, cruzaram os braços. Depois de diversas tentativas de negociação, a categoria no estado entrou em greve no dia 12 de outubro. Eles reivindicam aumento no piso salarial, que hoje é de R$ 700, a R$ 1.500, para auxiliar e eletricista, respectivamente, além da diminuição nos descontos referentes aos vales transporte.
O Brasil poderá passar a ser formado por mais dois estados em pouco mais de dois meses. No próximo dia 11 de dezembro, os eleitores paraenses irão às urnas para decidir se concordam em dividir o estado em três. Caso a maioria do eleitorado vote pela divisão, o Pará, hoje com área de 1.247.689 quilômetros quadrados, ficará com 17% desse território, Carajás, ao sul do estado, com 35%, e Tapajós, localizado a oeste, com 58%.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Diocese de Conceição do Araguaia (PA), o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Santa Maria das Barreiras (BA) e a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Sul do Pará (Fetagri/Sul) denunciaram mais um ato alarmante de violência relacionado com conflitos agrários na região amazônica.