Os primeiros laudos periciais na Fazenda Santa Lúcia, em Pau D’Arco (PA), onde 10 pessoas que ocupavam a terra morreram em maio, durante uma ação policial, foram divulgados esta semana pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. O exame de balística, apontado como fundamental para a investigação, ainda não ficou pronto.
Os primeiros laudos periciais na Fazenda Santa Lúcia, em Pau D’Arco (PA), onde 10 pessoas que ocupavam as terras morreram em 24 de maio durante uma ação policial, foram divulgados pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.
A chacina de dez trabalhadores rurais ocorrida no Pará, no dia 24 de maio, é tema de audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) nesta segunda-feira (12). De acordo com informações da Comissão Pastoral da Terra (CPT), nove homens e uma mulher foram assassinados durante uma ação policial de reintegração de posse em um acampamento na Fazenda Santa Lúcia, no município de Pau d’Arco, no Pará.
A manhã do dia 24 de maio de 2017 marca mais um capítulo na sangrenta história dos conflitos por terra no estado do Pará.
O ato ocorreu quarta-feira (31) em frente ao Tribunal de Justiça do Pará. Os manifestantes portavam faixas, cartazes, velas e cruzes para lembrar o sétimo dia da chacina de Pau D’arco.
Por Fátima Bezerra
O trabalhador rural Iranildo Porto, 55, vive há nove anos no acampamento Campina Verde, em Redenção (PA), e está preocupado com o que poderá acontecer com os camponeses que moram em acampamentos rurais na região do sudeste do Pará após a chacina que matou dez pessoas na última quarta-feira (24) na fazenda Santa Lúcia, em Pau D’Arco, cidade próxima de onde mora. As mortes de nove homens e uma mulher ocorreram durante uma operação policial.
Por Lilian Campelo de Marabá (PA) para o Brasil de Fato
A vigília será nesta quarta-feira, às 17 horas, em frente às sedes do governo e judiciário. É a primeira de uma série de ações definidas pelo Comitê Paraense de Combate à Violência no Campo.
Por Fátima Gonçalves
“A polícia chegou atirando”, dizem testemunhas que conseguiram fugir antes do massacre de 10 trabalhadores. Depoimentos contrariam versão de confronto da polícia.
Por Ana Aranha para Repórter Brasil
Posseiros dizem ao Ministério Público que colegas foram rendidos antes de serem mortos; uma testemunha está desaparecida: teria sido levada pela polícia no dia dos assassinatos no Pará.
Por Ciro Barros, para a Agência Pública
“Eu entendo que não eram trabalhadores rurais. Eles estavam armados”.
(General Jeannot Jansen, Secretário de Segurança Pública do Pará)
Por Paulo Fontelles Filho*
“O adoecimento psíquico o sofrimento emocional que ficam para os familiares das vítimas não acaba com a vítima. O massacre se perpetua nos familiares todos os dias. A gente entende que é a violência, que é muito semelhante à violência da tortura, é geracional, ela não se encerra com a vítima: as gerações futuras vão sempre lembrar da impunidade, da falta de direitos”.
É o som do tambor que marca a sonoridade do carimbó. Para além de um ritmo, ele expressa a identidade cultural, artística, social, ambiental e histórica da região amazônica no estado do Pará.
Por Lilian Campelo, no Brasil de Fato