Relatório da Prefeitura de São Paulo sobre o reajuste da tarifa, também divulgado no dia 7 de janeiro pelo site Jornalistas Livres, aponta que “mais da metade dos usuários do sistema de transportes (53%) não será impactada pela mudança na tarifa unitária, porque são beneficiários de gratuidades, usam bilhetes temporais que não terão aumento ou são trabalhadores que já pagam o limite legal de 6% do salário para o vale transporte”, diz publicação da prefeitura.
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) da cidade de São Paulo afirmou em nota divulgada nesta quarta (13) que a violência praticada pela Polícia Militar de São Paulo na terça (12) contra manifestantes revela a forma autoritária do governo do tucano Geraldo Alckmin. Ainda segundo o texto, o governador busca criminalizar os movimentos sociais.
Revistas, prisões, uso de cassetete e uma bomba a cada sete segundos foi o cenário do ato contra o aumento da tarifa, realizado nesta terça-feira em São Paulo. Aproximadamente 28 pessoas ficaram feridas, algumas com gravidade e 17 pessoas foram detidas. Na manifestação do dia 8 foram presas 13 pessoas. Não houve registro de policias feridos, segundo a Folha Online. Para o Movimento Passe Livre foi “um clima de terror”.
Voltaram a se repetir, nesta terça (12), as cenas de violência vistas na última sexta (8) na capital paulista. Policiais militares usaram novamente bombas de efeito moral e gás de pimenta durante mais um ato contra o aumento da tarifa. Desta vez os policiais ainda sitiaram uma das áreas mais movimentadas da cidade. A ação violenta atingiu pedestres que não participavam da manifestação e jornalistas. Em seus perfis do Facebook alguns internautas relataram as agressões policiais.
Um flagra feito pela equipe dos Jornalistas Livres durante ato contra o aumento das tarifas de transporte público em São Paulo, nesta sexta-feira (8), mostra policiais militares colocando na mochila de um deles material supostamente explosivo.
Bombas, corre-corre e depredação estão nas manchetes dos principais veículos de comunicação do Brasil neste início da noite de sexta (9) relatando a violência registrada no ato que aconteceu em São Paulo contra o aumento da tarifa. A Globonews transmitiu ao vivo as cenas de violência. Até as 20h os atos do Rio de Janeiro e Belo Horizonte aconteciam de forma pacífica, portanto, não deram manchete.
São Paulo, Belo Horizonte e Rio de janeiro tem atos confirmados para esta sexta (9). Outras capitais como Aracaju, Maceió e João Pessoa também podem realizar manifestações contra o aumento das tarifas no transporte público. As redes sociais tem sido o principal meio de mobilização para os atos.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, regulamentou, nesta terça (10), o Bilhete Único Especial para desempregados. Com isso, após o fim do pagamento do seguro-desemprego, os trabalhadores que não conseguirem se reinserir no mercado de trabalho terão 90 dias de acesso garantido ao transporte coletivo.
Apesar do atraso de quase dois meses, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sancionou nesta quinta-feira (19) a lei que concede o passe livre estudantil no Metrô, na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e nos ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) para alunos da rede pública.
Reinvindicação histórica do movimento estudantil em todo o país, o passe livre para estudantes, começará a funcionar nos ônibus municipais na próxima segunda-feira (2) na cidade de São Paulo. A gratuidade é válida para alunos do ensino fundamental e médio da rede pública, de universidade pública com renda familiar per capita de até R$ 1.182 e de universidade privada beneficiários do Prouni, Fies, Bolsa Universidade ou Cotas Sociais.
A manifestação do Movimento Passe Livre (MPL), realizada nesta terça-feira (27) na Zona Oeste da capital paulista, contra o aumento da tarifa do transporte coletivo municipal de R$3 para R$3,50 durou mais de três horas e terminou sem confrontos com a polícia, ao contrário dos protestos anteriores. Porém, os manifestantes foram surpreendidos por bombas de gás lacrimogênio e cassetetes da Polícia Militar ao entrar na estação Faria Lima quando o ato terminou.