Os petroleiros e entidades dos movimentos sociais e sindicais que integram a campanha Todo o Petróleo Tem que Ser Nosso divulgaram manifesto para rebater os argumentos do atual presidente da Petrobrás, Pedro Parente, e do chanceler José Serra, ambos favoráveis ao desmonte da estatal e à abertura do pré-sal ao capital estrangeiro, retirando a companhia brasileira da condição de operadora única desses campos.
Os Sindipetros Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e Espírito Santo iniciam esta semana as assembleias para que os trabalhadores se posicionem sobre o indicativo de greve por tempo determinado, aprovado na 6ª Plenafup. No Ceará, trabalhadores Offshore também serão convocados para aderir ao movimento grevista, após a Petrobras anunciar a venda das plataformas em águas rasas.
O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli classifica a retirada da exclusividade da estatal na operação de exploração do pré-sal, com a ampliação da participação das empresas estrangeiras, previsto no Projeto de Lei 4.567, que atualmente tramita na Câmara dos Deputados, como “crime de lesa-pátria”.
O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, disse nesta terça-feira (12) que a categoria fará greve no início de agosto nos campos maduros terrestres da Petrobras, definidos para concessão à iniciativa privada no plano de desinvestimentos da empresa. Esses campos estão localizados nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia e Espírito Santo, e produzem 35 mil barris por dia, representando 2% da produção nacional.
No momento em que foi aprovado no Congresso o PL 4567/16, proposto pelo então senador José Serra (PSDB) e que pretende retirar da Petrobrás a exclusividade na operação do Pré-Sal e abrir caminho para a entrega dos campos a empresas estrangeiras, a petroleira estatal reforça sua importância como bem público e bate novos recordes de produção em junho.
Após dias de intenso debate, os trabalhadores do Sistema Petrobras eleitos em suas bases para a 6ª Plenária Nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP), ocorrida entre os dias 7 e 9 de julho, aprovaram um amplo calendário de lutas para barrar o desmonte da empresa e a entrega do Pré-Sal, reflexo das políticas neoliberais do interino Michel Temer.
Na tarde desta quinta-feira (7), foi aprovado em comissão especial o projeto de lei 4.567/16, que retira a obrigatoriedade de a Petrobras participar da extração de petróleo do pré-sal. O placar da comissão especial sobre o projeto ficou em 22 votos favoráveis e 5 contrários. O resultado joga a proposta para o plenário da Câmara dos Deputados, onde uma composição amplamente conservadora tende a aprovar a entrega do pré-sal em tempo recorde.
A Comissão Especial da Petrobras e Exploração do Pré-Sal aprovou, nesta quinta-feira (7), o Projeto de Lei 4567/16, que retira da estatal a obrigatoriedade de participar da extração do petróleo da camada pré-sal. Para o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras, Davidson Magalhães (PCdoB-BA), o texto, que será votado no Planário da Casa, deveria ter sido rejeitado, por representar um retrocesso às conquistas nacionais.
Petroleiros de todas as bases promovem, entre amanhã e sábado (7 a 9), a sexta plenária nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP), no município de Campos, no Rio de Janeiro. A reunião, que será realizada no Instituto Federal Fluminense, é considerada importante para definir estratégias de luta e enfrentamento tanto das ameaças aos trabalhadores como à Petrobras.
A Petrobras encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um documento afirmando que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teria se locupletado do dinheiro desviado de contratos da estatal.
Em parceria com a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o jornalista e escritor Fernando Morais publicou, no seu Facebook, uma série de vídeos contra o Projeto de Lei 4.567/16, que retira a exclusividade da Petrobras como operadora do pré-sal. Nas publicações, ele reúne depoimentos de artistas, economistas, intelectuais e representantes de movimentos sociais, contrários à entrega das reservas brasileiras.
Alvo do governo privatista de Michel temer, o pré-sal produziu, em maio, 15% a mais que no mês anterior. Os dados confirmam a viabilidade da exploração desses campos e são divulgados no momento em que a Câmara se prepara para votar o relatório final do projeto de flexibilização da lei que estabelece a estatal brasileira como operadora única dos campos de pré-sal, com uma participação de pelo menos 30%.