Após a realização de uma Assembleia Geral convocada por caciques e lideranças no início deste mês, os Munduruku, em franca oposição à construção das hidrelétricas do Tapajós, anunciaram a reformulação de sua instância representativa, a Associação Pusuru.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos concluiu sua 149ª sessão, realizada entre 24 outubro e 8 novembro de 2013, em Washington. A parte do comunicado publicado na sexta-feira (8) referente à situação dos povos indígenas, expressou profunda preocupação pelo desconhecimento generalizado dos direitos territoriais dos povos indígenas no continente.
Lideranças de comunidades que integram a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) protocolaram nesta sexta (25), na Advocacia-Geral da União (AGU), um pedido para que a Portaria 303, da própria AGU, seja imediatamente revogada. A entidade, que reúne organizações indígenas de todo o país para lutar pela promoção e defesa dos direitos indígenas, também defende a exoneração do advogado-geral da União, ministro Luís Inácio Adams, que, para eles, atende aos interesses de ruralistas.
Vereador na cidade de Cascavel, no Oeste do Paraná, Paulo Porto (PCdoB) tem travado uma luta em defesa dos índios da região. Sua principal bandeira é a demarcação de terras indígenas. Ele desafia ruralistas da região e políticos que alimentam um sentimento preconceituoso contra os índios e cobra ações imediatas do governo federal para resolver a situação.
Um grupo de 30 lideranças Terena ocupou a fazenda São Pedro do Paratudal, em Miranda (MS), região do Pantanal, no final da tarde de quinta-feira (3). Arrendada para criadores de gado, a propriedade incide sobre a Terra Indígena Cachoeirinha, declarada pelo Ministério da Justiça em 2007. Não houve conflito.
A ocupação indígena na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) foi um protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215 e o Projeto de Lei Complementar (PLP) 227.
Diversas cidades brasileiras se mobilizam pelos povos tradicionais brasileiros contra projetos de lei que pretendem modificar texto constitucional e restringir demarcações de terras. Começa nesta segunda (30) e vai até sábado (5) a semana de Mobilização Nacional Indígena, convocada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) para defender as conquistas da Constituição de 1988, que no dia 5 de outubro completa 25 anos.
"Eles disseram: vocês têm arco e flecha; a gente tem é bala". De acordo com uma Kokama, essas foram as palavras de um policial durante a operação com intenção "pacífica", iniciada na segunda-feira (23), para impedir o acesso a uma área ocupada por indígenas e não-indígenas, desde o mês de julho deste ano, no km 05, da rodovia Manoel Urbano (AM-070), no município de Iranduba, na região metropolitana de Manaus.
Prevista para a semana entre a segunda (30) de setembro e 5 de outubro, a Mobilização Nacional Indígena vai promover manifestações em vários locais do país. Estão confirmados atos em pelo menos quatro capitais – Brasília (DF), São Paulo (SP), Belém (PA) e Rio Branco (AC) -, além de cidades no interior.
Índios guarani de aldeias localizadas na grande São Paulo fizeram uma manifestação pacífica na manhã desta quinta-feira (26) na Rodovia dos Bandeirantes, altura do quilômetro 20, em São Paulo (SP). Segundo a concessionária da rodovia, a Autoban, os indígenas bloquearam todas as pistas do sentido capital. No dia 2 de outubro, acontecerá um grande ato no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Todos estão convocados a defender os nossos povos originários.
Parte do território da aldeia Boca, povo Munduruku, no sul do Pará, foi invadido por agentes da Força Nacional e pesquisadores na quinta-feira (5). A ação visa garantir a licença ambiental de um complexo hidrelétrico no rio Tapajós, até agora sem consulta prévia às comunidades. Os ânimos se acirraram. O cacique geral convocou Assembleia Geral para domingo (15), segunda (16) e terça (17).
No Dia Internacional dos Povos Indígenas, na ONU, manifestações em todo o Brasil visam defender os direitos indígenas. Defender as sociedades indígenas é defender a própria existência
Por Felipe Milanez*, na CartaCapital