Brumadinho é, afinal, um triste marco: faz um ano que aconteceu e não tivemos mudanças efetivas na legislação; ninguém foi preso
“Estamos testemunhando um capítulo da história brasileira em que o aparelho estatal, num rompante saudosista, patrocina o extermínio, sob o aspecto físico e simbólico, dos povos originários”.
Por Hesaú Rômulo*
Cacique Raoni Metuktire é recebido na Câmara por parlamentares de diferentes partidos após ser alvo do ódio e desrespeito de Bolsonaro na ONU. Deputados expressam apoio à liderança indígena e reforçam sua indicação ao Prêmio Nobel da Paz.
Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara
Movimento indígena e apoiadores de organizações polítcias e sociais convocaram agenda de mobilizações contra a política posta em prática pelo governo Bolsonar.
Ao incitar ódio contra minorias, liberar armas e facilitar a exploração de terras indígenas, Bolsonaro suja as mãos de sangue das vítimas da agressão ao povo waiãpi, no Amapá.
Por Renato Atayde e Nathanael Zalouth, de Macapá
A frase, na afirmativa de que o Brasil precisa encontrar uma saída, tá no texto de abertura do livro que é uma autobiografia do Hélio Oiticica e se refere ao “Brasil-diarréia”, um conceito estético que aborda a outra face do Brasil, a “borda”, o que fica oculto e não é tratado de maneira correta pelos meandros da política nacional.
O cacique Babau Tupinambá fala sobre a luta de seu povo e conta detalhes do plano de fazendeiros para assassinar sua família na Bahia.
Três delas, que aguardam a conclusão da demarcação há mais 33 anos, correm o risco de ser engolidas por projetos beneficiados pela nova legislação ambiental que tramita rapidamente no Congresso
Indígenas do povo Kaigang foram vítimas de uma ação violenta da Brigada Militar de Passo Fundo (RS), na última quinta-feira (15), após ocupar uma área do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em Marau, para reivindicar a demarcação de suas terras.
O júri popular teve início no dia 29 de novembro e se encerrou apenas no dia 30, concluindo pela condenação do delegado aposentado da Polícia Civil Ronaldo Antônio Osmar pelo assassinato do missionário espanhol Vicente Cañas Costa.
As aldeias indígenas Tekoá Itaty, Tekoá Yaka Porã e o Centro de Formação Tataendy Rupa, no Morro dos Cavalos, em Palhoça (SC), têm sido alvos de diversos ataques desde o início de novembro. No começo do mês, Ivete de Souza, mãe da líder indígena Eunice Antunes, foi atacada brutalmente e teve a mão decepada.
Ao longo de 2016 percebeu-se que o poder Judiciário, em primeira instância e nos tribunais regionais federais, tratou de seguir a lógica do Governo Temer tomando para si a centralidade das discussões relativas aos direitos indígenas e descaracterizando procedimentos demarcatórios. Pode-se afirmar que houve, neste período, graves retrocessos no que tange à perspectiva de consolidação de políticas que atendam às necessidades e aos direitos indígenas.