Muito se escreveu, até aqui, sobre as consequências perversas da proposta de contrarreforma da Previdência que acaba de ser aprovada em primeiro turno no plenário da Câmara dos Deputados – ressalvados alguns destaques que ainda não foram votados.
Por Marco Campanella*
O texto-base da reforma foi aprovado por 379 votos na noite da última quarta (10), na Câmara dos Deputados
A segunda semana de julho começa com uma grande expectativa criada pelos grandes meios de comunicação em torno do avanço do processo de votação da Reforma da Previdência. Todas as atenções se voltam para as negociações que ocorrem agora no âmbito da Câmara dos Deputados. O processo já vinha de longe, lá ainda em 20 de fevereiro desse ano. Foi naquele dia que o Poder Executivo enviou oficialmente a PEC 06 para apreciação pelo Congresso Nacional.
Parlamentares da Bancada do PT na Câmara protocolaram na Procuradoria-Geral da República uma representação em que cobram abertura de investigação do presidente Jair Bolsonaro e dos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia) pela compra de votos em favor da proposta de Reforma da Previdência (PEC 6/2019).
O senador Paulo Paim (PT-RS) usou as redes sociais neste domingo (7) para fazer um alerta: “Estão enganados aqueles que acham que o Senado é apenas uma casa carimbadora. Aqui se debate, se discute e se vota. Se aqui chegar, tudo o que for necessário modificar na reforma da Previdência, que se faça”.
Numa manobra acintosa, o governo Bolsonaro anuncia que a proposta de “reforma” da Previdência Social vai a voto no plenário da Câmara dos Deputados no início da próxima semana. É uma tentativa de passar o rolo compressor sobre a resistência, impedindo uma maior mobilização popular e ampliação das articulações dos deputados de oposição. Bolsonaro e seus aliados querem aprovar essa maldade de afogadilho porque sabem que com mais debates suas chances reduzem drasticamente.
A líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), diz que a oposição enfrenta uma situação complexa na votação da reforma da previdência na comissão especial da Casa que analisa o assunto. Ela diz que há um acordo entre o governo Bolsonaro e as legendas do chamado Centrão para votar ainda nesta quinta-feira (4) o relatório principal e os destaques feitos à proposta.
No dia em que foram encontrados 39 quilos de cocaína à bordo do avião presidencial – um fato absolutamente grave e inédito, na história brasileira e mundial, blindado, até o momento, por manifestações evasivas e periféricas, o ministro Paulo Guedes diz com todas as letras que o “Congresso é uma fábrica de corrupção”.
Por Marco Antonio Campanella*
Esta semana, a Comissão Especial da Reforma da Previdência realizou novas reuniões para discutir o parecer do relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). Foram 127 parlamentares que participaram dos debates, além de líderes partidários.
Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara
Caos não interessa a ninguém, diz ele.
Do site Cidadeverde
O líder do PDT, deputado André Figueiredo, do Ceará, avalia o projeto aqui no Palavra Aberta com apresentação de Daniela André.
