Esperou que todos saíssem, naquela manhã de domingo, e trancou por dentro a biblioteca. Bem por detrás de seu amado Quixote, encadernado em belo couro de ovelha, estavam a cola e a tesoura, ali deixados cinco ou seis anos antes. Mais à esquerda, entre Eça e Emerson, deslocada da fileira de clássicos mais antigos, a Odisséia, em lombada vermelha, sobressaia-se na estante.
Por Mauro Santayana, em seu blog.
"O Recife é uma cidade recatada. Não se exibe. Não se mostra. Retrai-se. Contrai-se. Esconde-se, até, dos olhos dos estranhos", descreveu o sociólogo Gilberto Freyre, com conhecimento de causa. E é para desvendar essa cidade que se deixa conquistar aos poucos que foi lançado o livro Recife Lugar de Memória, dos escritores Plínio Santos Filho, Malthus Oliveira de Queiroz e Sidney Rocha.
Por Joana Rozowykwiat
Ele construía casas, palácios, cidades. Mas juntou seu talento e genialidade ao esforço de multidões para construir algo maior: o futuro socialista. Ajudou a lançar, e fortalecer, os alicerces de uma nova etapa civilizatória, sem opressão nem injustiça.
Para marcar o Dia Nacional do Samba, a Assembleia Legislativa de São Paulo promoveu uma Sessão Solene, por iniciativa da deputada comunista, cantora e compositora Leci Brandão (PCdoB/SP), cujo gabinete elaborou um folheto em homenagem a duas lendas do samba paulista, Dona Olímpia e Tio Mário.
Por Leci Brandão
A palavra pororoca vem do tupi, e significa “que causa estrondo”. É o nome de uma onda famosa, que avança rio adentro na Amazônia, provocando um espetáculo sonoro e visual. Não à toa, esse foi o nome escolhido para um projeto que busca integrar as artes visuais e a música.
Quem se anima hoje com discursos sobre irmandade latino-americana não pode ignorar o legado de artistas como a argentina Mercedes Sosa, que cantou a unidade da América Latina desde o início de sua carreira, quando esse sonho parecia ainda mais distante.
Por Camila Moraes, em Opera Mundi
A insistência, sustenta o poeta Sérgio Vaz, é a principal razão do sucesso da Cooperifa, movimento cultural que há 11 anos difunde poesia, literatura, música e cinema na periferia paulistana. “O sarau é feito toda quarta-feira, há 11 anos, ininterruptamente”, conta Vaz, que idealizou o projeto.
Penélope, a menina do Recife a quem me dirijo agora, não está só, ainda que fale em seu nome ao me procurar por email. De modo bem didático, ela me conta que, num coletivo de alunos da 8ª série do Instituto Capibaribe, prepara um trabalho para ser exibido na feira de conhecimento da escola.
Por Urariano Mota*
Como em filme açucarado de Hollywood, do tipo “admiradora secreta”, eu acompanho Audálio Dantas sem qualquer obsessão desde sua primeira e vitoriosa campanha a deputado federal, em 1978.
Por Christiane Marcondes
…que perdemos com a morte de Fernando Peixoto — cujo teatro, influenciado por Brecht, abriu-se ao diverso, ao contraditório, à auto-reflexão permanente
Por Theotonio de Paiva
Eu tenho visto, e as pessoas que me cercam também, aqui e ali jovens que se agarram, e se apertam, e se sufocam aos beijos em público. Agem assim nas filas dos supermercados, nos transportes coletivos, nas feiras livres, nos teatros, em todos os lugares abertos à visitação da gente.
Por Urariano Mota