Lançado no final de 2010, a antologia “Cronistas de Pernambuco”, organizada por Luiz Carlos Monteiro e Antônio Campos reúne uma centena de textos significativos deste gênero literário, publicados por autores pernambucanos, desde o padre Lopes Gama, em 1832, até autores contemporâneos como Luciano Siqueira ou Urariano Mota. O texto aqui publicado é o prefácio do livro.
O caixão está à beira da cova. O choro não deixa dúvida: Santiago deixara mais de uma viúva. A comborça, junto às três filhas, chora a morte do homem que lhe provera a despensa. As moças, todas com o cetim comprado com o dinheiro da algibeira dele, choram a orfandade nunca pensada; não são tão moças, posto que a noção da perda expõe nos olhos a dor um dia pressentida.
Por Marco Albertim
Quando Filadelfo se promoveu para morar numa casinha do beco, mudanças fundas vieram daí. Na recordação de Jimeralto, aqueles foram os anos mais felizes da sua vida. Na sua imaginação, em um curto intervalo de tempo ali houve o reino e pátria da felicidade.
Por Urariano Mota*
A Vila Madalena começou a ficar famosa pelos seus moradores, gente alternativa, no início da década de 1970, e atingiu o auge por volta de 1980. Nesse auge, pessoas de outros bairros vinham aqui e não achavam graça nenhuma. A graça da Vila era um frequentar a casa do outro, encontrar amigos nas ruas, por aí.
Por Mouzar Benedito*
Havia um céu azul e um sol muito brilhante ali.
Eu caminhava descalça, feliz, pela praia. Atravessei um pequeno rio que oferecia suas águas ao mar, enquanto ondas salgadas penetravam rio a dentro, indo buscar, em correnteza, esses fluxos de água doce.
Por Mazé Leite
O poeta viveu apenas vinte anos, mas deixou uma marca forte no romantismo, não ficou alheio à inquietação nacional e foi o clássico de sua geração.
Por José Carlos Ruy
“Tropecei, caí na rua,
ao tentar pegar,
com as mãos, a lua”.
(Haicai do poeta Valmir)
O compositor carioca mostra sua multiplicidade criativa, ao misturar o erudito com o popular. Neste dia 29, Edu completa 68 anos de vida e 49 de carreira, com muito a comemorar.
Por Marcos Aurélio Ruy
Trabalho Interno, documentário do estadunidense Charles Fergunson, é daqueles filmes que se deve assistir três vezes. A primeira para sofrer o impacto das imagens, a segunda para absorver a gigantesca quantidade de informações, a terceira para ligar os fatos à realidade atual.
Por Cloves Geraldo