Despencando nas pesquisas de intenções de votos, o presidenciável tucano Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, decidiu apelar para o medo e a insegurança pública. Copiando o discurso de Jair Bolsonaro (PSL), o tucano disse nesta quinta-feira (17), que vai facilitar o porte de armas caso seja eleito, mas apenas em áreas rurais.
Com o sistema financeiro cobrando uma solução rápida para as eleições de outubro, a direita aperta o botão de emergência para correr contra o tempo e apresentar um candidato com condições de decolar nas pesquisas. Sem candidato, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso lançou uma "manifesto" para tentar articular o que ele chama de partidos de centro: PSDB, MDB (de Temer), DEM e PTB.
Coordenador da plataforma econômica do pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB), Persio Arida quer “desengessar” a economia às custas da Saúde e da Educação públicas. Em entrevista à Folha de S. Paulo, ele defendeu mudar a Constituição para “flexibilizar” a administração de gastos hoje obrigatórios e de tributos. Para o especialista em Orçamento Público, Flávio Tonelli, a proposta agride o pacto social de 1988 e deve agravar o subfinanciamento de áreas já sensíveis.
Para lançar o seu novo livro, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) concedeu entrevistas a diversos jornais. O destaque em todas as matérias publicadas não é o conteúdo das 238 páginas da obra “Crise e Reinvenção da Política no Brasil”, mas o seu inconformismo patológico com o fato de Luiz Inácio Lula da Silva ser o presidente mais popular da história do Brasil.
Por Dayane Santos
Líder do golpe de 2016, Aécio Neves já não tinha muito espaço dentro do ninho tucano. Com a decisão do Supremo Tribunal Federal, que o tornou réu por corrupção, o senador por Minas Gerais está sendo rifado pelos seus correligionários.
Tucanos ficaram aliviados com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que determinou que o inquérito que investiga o ex-governador de São Paulo e pré-candidato pelo PSDB à presidência Geraldo Alckmin seja enviado à Justiça Eleitoral do estado.
Por Dayane Santos
O golpe fez ruir também os partidos que o construiram. A crise no PSDB é o maior exemplo disso. João Doria demoliu o ninho tucano em São Paulo provocando a debandada de diversas lideranças em pleno ano eleitoral.
O deputado estadual José Antônio Barros Munhoz (SP) anunciou sua saída do PSDB, partido ao qual esteve filiado por 15 anos, para se filiar ao PSB.
O ninho tucano em São Paulo mais parece um vespeiro. Até a definição das candidaturas, o clima promete fortes embates. O pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, José Anibal, já definiu o seu alvo: o prefeito João Doria, que apesar de entrar por último quer ir sentado na janela rumo ao governo do estado.
A Justiça paulista interveio nos diretórios municipal e estadual do PSDB em São Paulo por conta de uma dívida de campanha eleitoral de José Serra, segundo informa Aluri Rebello, no Uol. O calote, de R$ 21 milhões, foi dado no marqueteiro Luiz Gonzalez, que fez a campanha presidencial de Serra em 2010.
O deputado Nilson Leitão (MT), que integra a bancada ruralista e é o novo líder do PSDB na Câmara, afirmou que a candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República é pra valer e que a sua candidatura vai unificar o partido que está rachado.
Na edição deste domingo do jornal O Globo mais uma cena ligada aos tempos de golpe, em coluna de Lauro Jardim a informação de que a norte-americana Boeing fechou a compra do controle da Embraer. E vende ao público de que a compra de 51%, e total controle, é mais uma prova de soberania nacional. Segundo Jardim, Temer 'exigiu que a Boeing só tivesse 51%'. Mais uma empresa vai para mãos estrangeiras e travestem a entrega como vantajosa para o país.