Após a Segunda Grande Guerra, a crença de que as diferenças entre as chamadas "raças" são genéticas tornou-se um tabu. Agora, com o ressurgimento da extrema direita, está de volta.
Por Angela Saini
O secretário adjunto de Turismo da cidade de Santos/SP, Adilson Durante Filho, teve um áudio seu em um grupo de whatsapp divulgado nessa ultima quarta-feira, dia 17. No áudio, o referido político emite opiniões racistas, e afirma que "os pardos brasileiros são mau-caráter". A Deputada Leci Brandão, se pronunciou em suas redes socias no último dia 18 de abril sobre o caso, condenando veementemente essa postura, e cobrando uma resposta das autoridades competentes.
Entre os dias 9 e 10 de fevereiro de 2019, dois debates sobre racismo movimentaram as redes sociais brasileiras. O primeiro deles teve origem ainda na sexta-feira (8) e foi desencadeado pela divulgação de fotos da festa de aniversário da diretora de estilo da edição brasileira da revista Vogue, Donata Meirelles, no Palácio da Aclamação, em Salvador. Ao ‘Nexo’, o professor e jurista Silvio Almeida comenta acusações de racismo em torno de festa da diretora da Vogue e do BBB19.
Nos últimos tempos, os zeladores do chamado politicamente correto “descobriram” que Monteiro Lobato “seria racista”. O negro de seus escritos, para quem conhece o folclore e a mentalidade brasileiros, parece um negro minimizado, mas não o é.
Por José de Souza Martins, no Valor Econômico
O classismo (a discriminação por classe social) e o racismo são os principais temas abordados em Roma, filme do diretor mexicano Alfonso Cuarón que deu a volta ao mundo e bateu recordes em premiações internacionais. Um dos favoritos ao Oscar, o longa concorre em dez categorias, incluindo a de melhor filme, nomeação raramente concedida a produções estrangeiras.
Uma reviravolta pode mudar o caso do jovem Pedro Henrique Gonzaga, morto por sufocamento na quinta-feira (14), por um segurança do supermercado Extra da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Após ouvir uma testemunha, o delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, responsável pela investigação, afirmou nesta terça-feira (19) que a acusação contra o segurança pode passar de homicídio culposo (sem intenção de matar) para homicídio doloso (quando há a intenção).
É provável que, se o pacote anticrime do ministro Sergio Moro já vigorasse no País, o assassinato de Pedro Henrique Gonzaga ficaria impune. Ao ser imobilizado e morto por estrangulamento, na última quinta-feira (14), por um vigilante do supermercado Extra da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o jovem negro, de apenas 19 anos, estava desarmado e não oferecia perigo algum. Nada disso importaria caso o Judiciário brasileiro estivesse tomado pelo ideário moro-bolsonarista.
Por André Cintra
Maria Júlia Coutinho estreou na bancada do Jornal Nacional na Globo no último sábado (16) sob aplausos generalizados. A enorme torcida a seu favor de justificou: segura, precisa e simpática, a jornalista celebrizada como moça do tempo mostrou, mais uma vez, que está pronta para ancorar o mais importante telejornal do país. Mas não existe unanimidade, e Maju, também mais uma vez, sofreu ataques racistas nas redes sociais. Isto, infelizmente, já era esperado.
Por Tony Goes, no F5
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) participou, neste domingo (17), de ato em protesto contra a morte do jovem negro Pedro Gonzaga. A manifestação ocorreu em frente ao supermercado Extra na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Pedro morreu após ser sufocado por um segurança do estabelecimento.
A jornalista Maria Julia Coutinho, a Maju, fez história neste sábado (16), ao se tornar a primeira mulher negra a apresentar o Jornal Nacional. Logo na estreia, à frente do principal telejornal da TV Globo – e o de maior audiência no País –, coube a ela tratar de racismo. Foi Maju quem leu a nota do supermercado Extra sobre a criminosa morte de um rapaz negro de 19 anos, vítima de sufocamento provocado pelo golpe de um segurança do estabelecimento, no Rio de Janeiro.
Jovem de 19 anos é asfixiado até a morte em público por um segurança em uma unidade da rede de supermercados Extra do Rio de Janeiro. Pedro Gonzaga era o seu nome e a sua cor de pele e condição socioeconômica definiu cedo o seu destino. No supermercado, no shopping, na praia ou na rua o jovem negro é sempre suspeito, um potencial criminoso.
Por Nágila Maria*
Gentem, sou negra e celebro com orgulho a minha raça desde quando não era “elegante” ser negro nesse país. Desde a época em que preto não usava o elevador dos “patrões”. Da época em que os pretos motorneiros dos bondes eram substituídos por portugueses brancos quando havia festividades na cidade com a presença de estrangeiros ou autoridades de pele branca.
Por Elza Soares