Milhares de pessoas participaram neste sábado (13) de protestos contra o racismo e a brutalidade policial nos Estados Unidos, em particular pelo assassinato de Michael Brown e Eric Garner por forças policiais.
Especialistas e diplomatas defenderam, nesta quarta-feira (10), nas Nações Unidas a busca de um mundo sem racismo, discriminação e intolerância, a propósito do lançamento da Década Internacional para os Povos de Descendência Africana.
Mais jogadores da NBA se uniram aos protestos nos Estados Unidos contra a violência policial na noite desta terça-feira (9), e dezenas de manifestantes novamente bloquearam uma rodovia na Califórnia.
Eles foram vítimas de 30 mil assassinatos em 2012; do total de mortes, 77% eram negros, o que denuncia um genocídio silenciado de jovens negros, afirma Atila Roque, da Anistia Internacional. Matou-se mais no Brasil do que nas doze maiores zonas de guerra do mundo. Os dados são da Anistia Internacional no Brasil e levam em conta o período entre 2004 e 2007, quando 192 mil brasileiros foram mortos, contra 170 mil espalhados em países como Iraque, Sudão e Afeganistão.
Um policial branco matou a tiro um homem negro desarmado no Arizona, informaram as autoridades nessa quinta-feira (4), em um momento em que continuam os protestos em Nova York por casos similares. O incidente ocorreu quando o agente estava investigando denúncia relacionada a droga do lado de fora de uma loja de conveniência.
Depois do assassinato de Michael Brown, os Estados Unidos vivenciam mais um novo caso de policial que não vai a julgamento. “Não consigo respirar! Não consigo respirar!” Foi com estes gritos que milhares de pessoas encheram Times Square, no centro de NovaYork, na noite de quarta-feira (3), horas depois de um Tribunal ter decidido não levar a julgamento um policial que assassinou um negro, desarmado, durante uma detenção.
Parece que, quando a conversa não é explícita – como quando pessoas brancas usam palavras como "macaco" ou recusam serviços baseado na cor da pele – trazer a tona o assunto do racismo coloca muitas pessoas na defensiva ou induz afirmações bravas que negam a sua existência.
Escrito pelo jornalista, cartunista e gestor público Mauricio Pestana, "Racismo, Cotas e Ações Afirmativas", é um dos trabalhos mais originais e ousados sobre relações raciais no Brasil que apareceram nos últimos tempos. O trabalho consegue aglutinar na mesma obra grandes personalidades brasileiras e estrangeiras, da academia, da cultura, do esporte, da política, da economia, do judiciário, dos quilombos, da rua.
Clóvis Moura rompeu com as barreiras das disciplinas rigidamente estabelecidas pelas academias. Como um intelectual marxista, lutou contra os muros elitistas que foram construídos ao redor dos acadêmicos, pois acreditava que o conhecimento deveria servir para o avanço da sociedade.
A cruzada do Conselho Federal de Medicina (CFM) contra ações de saúde do governo federal, iniciada com o programa Mais Médicos, virou campanha. Menos de dois dias após o lançamento da ação publicitária do Ministério da Saúde de combate à discriminação racial no Sistema Único de Saúde (SUS), a entidade divulgou uma nota onde classifica de “racista” o tom da campanha.
A glamourização do branco faz com que um mendigo, veja você, vire um mendigato; a traficante branca é chamada de jovem, linda e dentista pelo noticiário; a ladra de automóveis é chamada de estudante e garota…
Por Lelê Teles*, no blog da Maria Frô
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias vai discutir a aplicação da Lei para os casos de racismo e discriminação racial contra a população negra e a homofobia. A audiência pública está marcada para quarta-feira (3), às 14 horas, na Câmara dos Deputados. A lei deu ao racismo a tipificação de crime inafiançável e imprescritível. Ela recebeu o nome de Lei Caó em homenagem ao seu autor Carlos Alberto Oliveira.