O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura (Contag), Alberto Broch, afirmou que a venda de terras para estrangeiros será combatida pelos trabalhadores rurais. Na opinião do dirigente, a medida inviabiliza a reforma agrária. A disposição do governo interino de Michel Temer foi divulgada nesta segunda-feira (20) pelo jornal O Estado de S.Paulo, que entrevistou o ministro da Agricultura Blairo Maggi.
Por Railídia Carvalho
Conheça o relato de uma ocuapção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST em uma área de Floresta Nacional de 1.200 hectares entre as cidades de Guatambú e Chapecó no Oeste de Santa Catarina ocorrida no sábado 4 de junho. O assentamento recebeu o nome do professor e vereador assassiando, Marcelino Chiarello, um lutador que tinha forte atuação junto aso movimentos populares da região.
A vida de combates de Paulo Fonteles atravessou três décadas de profunda identidade com questões concernentes aos temas mais urgentes da nação brasileira como a democracia, as liberdades políticas, a reforma agrária e a independência nacional.
Por Paulo Fonteles Filho*
"A extinção do MDA revela a subserviência do Governo Temer aos desejos dos setores especuladores da dívida pública e da bancada ruralista que não aceitam a identidade e o protagonismo da agricultura familiar". Este é um dos trechos divulgados nesta quarta-feira (18) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) após o anúncio nesta semana do fim do ministério do Desenvolvimento Agrário. Para a entidade a iniciativa é um retrocesso na reforma agrária e agricultura familiar.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil (CRB), reunindo 70 participantes vindos de 20 Estados e do Distrito Federal, durante encontro em Brasília (DF), entre os dias 29 de abril e 1º de maio, tomou conhecimento dos recentes atos de perseguição promovidos por setores do Ministério Público, do Judiciário e do Governo do Estado de Goiás, contra os que lutam a favor da reforma agrária e da afirmação da democracia.
No Senado se travará a "primeira batalha", mas o dirigente nacional do MST, Gilmar Mauro, acredita que está em curso um "rompimento com essa convenção chamada Constituição". O que permitiria, inclusive, pensar em ações de desobediência civil ou mesmo em um governo paralelo. De concreto, centrais e movimentos preparam uma paralisação nacional para o dia 10, véspera da votação do processo de impeachment no Senado.
Milhares de Sem Terra de todo país estão em marcha para recolocar a Reforma Agrária na agenda política e para defender a democracia, ameaçada pelo processo de impeachment.
As atividades contra o golpe de estado em curso no país vem ganhando cada vez mais representatividade e adesão. Nesta sexta-feira (15), setores ligados a movimentos sociais interditaram várias vias urbanas e rodovias, em várias regiões do país, relembrando os 20 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, o assassinato de dois trabalhadores Sem Terra no Paraná e em defesa da democracia contra o golpe que se reresenta no impeachment da presidenta Dilma.
Este ano completa-se 20 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, onde 19 trabalhadoras e trabalhadores Sem Terra foram assassinados em sua luta por reforma agrária. O caso ocorreu em 17 de abril de 1996 e, desde então, a Via Campesina instituiu esta data como Dia Internacional de Lutas Camponesas. E é nesse marco de memória e resistência, que organiza a Conferência Internacional de Reforma Agrária, que busca atualizar o debate sobre esta temática junto a seus membros e aliados.
No dia 29 de março, 32 famílias que viviam acampadas há uma década na fazenda Várzea do Carrapicho, em Santana do São Francisco (SE), receberam o título de posse das terras após o governo federal comprar os lotes para a reforma agrária. Dayvid Souza, do Movimento de Luta pela Terra, definiu a ocasião como histórica.
Na manhã desta sexta-feira (1), a presidenta Dilma Rousseff assinou 25 decretos de desapropriação de imóveis rurais para a realização da Reforma Agrária. Os 21 decretos vão assegurar 35,5 mil hectares de terras para a Reforma Agrária em 14 estados do país.
Durante a cerimônia de assinatura de Atos para a Reforma Agrária e Comunidades Quilombolas, nesta sexta-feira (1º) no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que é necessário estar vigilante e resistir às "tendências antidemocráticas".