"O que é alegado como um “ajuste do marco regulatório do mundo do trabalho no Brasil” pelo relator da proposta, senador Romero Jucá (PMDB-RR), representa, na prática, a demolição de direitos dos jornalistas e de todo o conjunto da classe trabalhadora, avalia a direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP)". A secretaria jurídica da entidade divulgou 20 pontos da reforma nocivas aos jornalistas.
Após o senador Romero Jucá dar parecer favorável ao projeto de reforma trabalhista (PLC 38/17), na sessão desta nesta quarta-feira (21/6) da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal, foi concedida vista coletiva do projeto, que retorna à pauta no próximo dia 28 de junho.
O projeto de reforma trabalhista visa à elevação das margens de lucros dos empresários e precarização das relações, estabelecendo um novo padrão societário no qual a ‘força de trabalho’ intensifica sua subordinação ao capital.
Por Juliane Furno, Christian Caldeira, Juliana Moreira, Euzébio Jorge e Ana Luíza Matos de Oliveira
De acordo com avaliação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) os votos capazes de derrotar a reforma trabalhista no Senado podem vir de parlamentares do PMDB, PP e PSD. Segundo Marcos Verlaine, consultor do Diap, o movimento sindical terá papel fundamental nesse convencimento e para isso deve explorar a crise na base aliada do presidente ilegítimo Michel Temer.
Por Railídia Carvalho
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) promove duas audiências públicas na terça-feira (27) para discutir a proposta de reforma trabalhista (PLC 38/2017). Os debates são resultado de acordo firmado entre o governo e a oposição, que promete não obstruir a votação do projeto, prevista para a quarta-feira (28).
A derrota da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal abre um novo momento para as forças do campo progressista e de esquerda deste país.
Michel Temer forjou a sua trajetória política na fama de ser um "exímio negociador" no balcão de negócios que ele criou na política. Com uma rejeição popular recorde e envolvido numa série de escândalos, Temer não consegue recompor e vê a sua base aliada derreter entre os dedos e a reprovação da reforma trabalhista, que dava como certa, pode ser a primeira derrota.
Por Dayane Santos
Em entrevista coletiva, o senador Hélio José (PMDB/DF) denuncia o governo de transformar o Congresso Nacional num balcão de negócios para aprovar as reformas trabalhista e previdenciária e retaliar os parlamentares que não se enquadram em seu projeto, que o senador peemedebista classificou de “ridículo”
"É muito importante que os trabalhadores de todas as entidades filiadas intensifiquem esta luta, cruzando os braços e realizando manifestações em repúdio aos textos apresentados sobre as reformas", diz trecho da nota divulgada nesta sexta-feira (23) pela Força Sindical reafirmando a participação nos atos do dia 30 contra as reformas. A União Geral dos Trabalhadores também confirmou presença e desmentiu notícia da Revista Època.
A contrarreforma trabalhista em tramitação no Senado é o mais sério golpe aos direitos e conquistas da classe trabalhadora já observado em nossa história. Nem mesmo o regime militar – apesar da violência e perseguições que promoveu – foi tão longe nos ataques à legislação que protege nosso povo trabalhador. A proposta dificulta o acesso dos assalariados à Justiça, permite o aumento da jornada, a redução de salários e benefícios e a precarização generalizada dos contratos.
Vagner Freitas anuncia paralisações em todos o país e reforça denuncia a ataques golpistas. O momento não é de negociar redução de danos com golpista que respira por aparelhos e muito menos desistir das mobilizações com a ilusão de que é possível negociar com o governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) porque estaria fragilizado.
O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) apresentou o primeiro voto em separado (relatório alternativo) contra a reforma trabalhista na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A votação do projeto de lei da Câmara (PLC 38/2017) na comissão está prevista para a próxima quarta-feira (28).