Relatório “À Deriva” lançado nesta quinta-feira (26) apontou que a intervenção no Rio de Janeiro não solucionou o problema da violência no estado e ainda aumentou o número de tiroteios, de roubos, chacinas e mortes, segundo dados do Observatório da Intervenção. Para a coordenadora do projeto, Silvia Ramos, “a intervenção não veio solucionar o problema da violência e, talvez, até tenha criado novos problemas que não tínhamos”.
Por Verônica Lugarini
Diversas organizações da sociedade civil e entidades dos movimentos sociais se reuniram nesta quinta-feira (19) no Rio de Janeiro para lançar a Comissão Popular da Verdade, que irá se dedicar a monitorar eventuais violações de direitos humanos ocorridas no âmbito da intervenção federal.
Dois meses depois de anunciada, a intervenção militar no Rio de Janeiro não alcançou os resultados prometidos pelo governo. Enquanto Michel Temer se diz satisfeito com as operações, os moradores não viram os índices de violência caírem, ao contrário, e há aumento da sensação de insegurança.
Medo e desconfiança são as duas palavras mais usadas por moradores de favelas do Rio de Janeiro para descrever seu sentimento em relação à Polícia Militar. É o que aponta um levantamento sobre as percepções de segurança pública com mais de 6 mil pessoas, que foram visitadas em suas casas entre setembro de 2015 e fevereiro de 2016. Os resultados foram apresentados nesta quarta-feira (28).
No último final de semana, duas chacinas, uma na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro e outra no município de Maricá, na Região Metropolitana, deixaram um total de 13 mortos.
Os cinco adolescentes executados em Maricá, no domingo (25), organizavam Rodas Culturais para ensinar às crianças a cultura do rap e da rima. A chacina causou indignação em parentes e integrantes do movimento do hip-hop que agora temem a continuidade da repressão. A investigação aponta que os meninos foram mortos pela milícia e, infelizmente, esse fato endossa as estatísticas de que adolescentes negros e pobres são as maiores vítimas da violência.
Por Verônica Lugarini
O que a execução da vereadora Marielle Franco, em março de 2018, tem em comum com a morte do estudante Edson Luís, em março de 1968? Nada melhor do que perguntar para quem viveu os dois momentos.
Especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) ligados a questões de direitos humanos e de gênero divulgaram nesta segunda-feira (26) comunicado no qual consideram “profundamente alarmante” o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), no dia 14 de março, e do motorista Anderson Gomes. A vereadora foi atingida por quatro tiros na cabeça e o motorista por três tiros nas costas. Uma assessora que estava no carro sofreu ferimentos leves.
Resolvi escrever sobre a execução da Marielle Franco e do seu motorista Anderson Pedro, como forma de elaborar o meu sofrimento e indignação diante desse crime abominável. A palavra tem força, seja ela verbalizada ou escrita.
Por Olívia Santana*
Como convidada do programa ‘Entre Vistas’, da TVT, psicanalista e escritora defendeu a desmilitarização das polícias estaduais para que o problema da violência seja enfrentado de fato.
A banda norte-americana Pearj Jam fará um show nesta quarta-feira (21) no Rio de Janeiro e, antes da apresentação, aproveitou a divulgação para denunciar a intervenção militar e os últimos acontecimentos trágicos da capital fluminense, entre eles, o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol).
Relator do projeto que prevê a reoneração da folha de pagamento esclarece que a Constituição prevê um mínimo de 90 dias para qualquer alteração na cobrança de tributos. “A população do Rio não pode aguardar, o governo precisa remanejar de outras áreas ”, defende o líder comunista.
Por Ana Luiza Bitencourt, do PCdoB na Câmara