"Sobem sem parar o preço da gasolina e do gás de cozinha. E o que diminui? A previsão do salário mínimo!", criticou a deputada estadual gaúcha Manuela D'Ávila, pré-candidata do PCdoB à presidência da República, ao comentar a decisão do governo Michel Temer de revisar para baixo a sua estimativa para o salário mínimo em 2019 de R$ 1.002,00 para R$ 998,00. A nova previsão consta em nota técnica do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias do próximo ano, divulgada pela Comissão Mista de Orçamento.
O valor previsto para o salário mínimo do ano que vem é de R$ 1.002. Divulgada pelos Ministérios do Planejamento e da Fazenda nessa quinta-feira, dia 12, a projeção consta no projeto da LDO, Lei de Diretrizes Orçamentárias, de 2019, que será debatido pelo Congresso Nacional.
Depois de ter sugerido o fim do ensino superior gratuito, o Banco Mundial agora defende reduzir os salários no Brasil e abrir ainda mais a economia do país para o capital e o comércio internacionais. Segundo a entidade, o salário mínimo brasileiro é “alto” e incentiva a informalidade. Para Leda Paulani, professora de Economia da USP, o argumento não se sustenta, e a própria realidade o desmente.
Por Joana Rozowykwiat
Reajuste ficou abaixo do índice pelo segundo ano seguido. Desemprego e falta de recomposição da renda pesam na recuperação econômica.
Por Dimalice Nunes, da CartaCapital
A Nota Técnica 188 “Valor de R$ 954,00 não recompõe poder de compra do Salário Mínimo”, divulgada pelo Dieese, recomenda a revisão do reajuste de 1,81% do salário mínimo já que a inflação de 2017, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, foi de 2,07%. O Dieese estima que 48 milhões de brasileiros têm seus salários referenciados no SM.
Reajuste do piso nacional ficou abaixo do INPC pelo segundo ano seguido, contrariando a lei que implementou regra de valorização anual. "Ajudou a reduzir desigualdade", observa técnico do Dieese.
Em pronunciamento de fim de ano em cadeia de rádio e TV, Michel Temer disse que a economia do país está "em ordem" e que está "mais barato para viver" no Brasil. Mas nesta sexta-feira (29) assinou decreto que reajusta o salário mínimo em 2018 em R$ 954,00, sendo o menor reajuste dos últimos 24 anos.
Por Dayane Santos
O Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira (13) a proposta orçamentária de 2018 (PLN 20/17), a primeira sob a Emenda Constitucional 95, conhecida como teto de gastos. Além da redução dos investimentos públicos para a saúde e educação, por exemplo, o governo reduziu o aumento do salário mínimo para o ano que vem.
A próxima semana será marcada pelo início da tramitação, pelo Congresso Nacional, das duas medidas provisórias (MPs) encaminhadas pelo Executivo à Casa, na última segunda-feira (30) e que tratam de mais iniciativas impopulares que já estão sendo criticadas por deputados e senadores da oposição.
Sem conseguir fechar as contas, o presidente ilegítimo Michel Temer mais uma vez irá penalizar os trabalhadores. Nesta semana, o governo reduziu a previsão de reajuste do salário mínimo para 2018, que deve cair de R$ 969 para R$ 965. O corte de R$ 4 ocorrerá porque a inflação, considerada no cálculo, está mais baixa. Vale lembrar que, em agosto, já havia sido anunciada uma redução de R$ 10 nos valores que totalizavam R$ 979.
Pela segunda vez desde agosto, o governo Temer reduziu o valor proposto para o Salário Mínimo de 2018. Segundo a apresentação do Ministério do Planejamento nesta segunda-feira (30), o valor será de R$ 965. É uma queda de mais R$ 4, frente ao que havia sido publicado anteriormente. Em comparação à projeção inicial de R$ 979, a diferença é de R$ 14.
A previsão de que o salário mínimo passasse para R$ 979 foi cortada em R$ 10 para cada trabalhador brasileiro, passando a previsão para R$ 969, em 2018. Com isso, Temer pretende assegurar cerca de R$ 3 bilhões aos cofres do governo.