Em 2014, aumentou o número de negociações salariais que conseguiu ganhos reais para os trabalhadores. Segundo estudo divulgado nesta quinta-feira (19) pelo Dieese, 91,5% dos acordos firmados entre patrões e trabalhadores garantiu reajuste acima da inflação.
A Câmara dos Deputados aprovou, por 226 votos a 208, o requerimento do PT e retirou de pauta o projeto de lei que estende para as aposentadorias a política de valorização do salário mínimo até 2019, aprovada na Câmara na semana passada.
Três intelectuais de relevo trataram recentemente acerca do ódio ao PT: Leonardo Boff, Luis Fernando Veríssimo e Luiz Carlos Bresser Pereira. Suas palavras têm a lucidez de quem enxerga além das aparências e do senso comum. Embora o momento corrente não seja corriqueiro, um olhar histórico traz ensinamentos.
Por Róber Iturriet Avila*, na Carta Maior
O projeto que estende até 2019 a política de valorização do salário mínimo foi aprovado nesta terça-feira (10), em sessão da Câmara dos Deputados. Para o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), “a política de valorização do salário mínimo em nosso país tem sido muito útil para os trabalhadores e para a economia brasileira.”
Deve ser por isso que o Brasil – o Brasil dos jornais, claro – está quebrado. Mas o Banco Central disse, ontem, que “apenas no período entre julho de 1964 e julho de 1965 o salário mínimo – que é baixíssimo ainda – comprava mais do que hoje, em valores corrigidos pela inflação”.
Por Fernando Brito*, publicado no Tijolaço
O poder de compra do salário mínimo em janeiro de 2015 é o maior desde agosto de 1965, superado apenas pelo registrado no período de julho de 1954 a julho de 1965. A informação é do Banco Central por meio do boletim regional divulgado nesta terça-feira (10).
Desde 1º de janeiro de 2015, o valor do salário mínimo passou a ser R$ 788,00, com reajuste de 8,84%. Segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese), o aumento do R$ 64,00 no salário mínimo corresponde a R$ 38,4 bilhões em incremento de renda na economia e R$ 20,7 bilhões a mais em arrecadação tributária sobre o consumo no ano de 2014.
Em entrevista nesta segunda-feira (5) à Rádio Brasil Atual, o coordenador de atendimento técnico sindical do Dieese, Airton Santos, afirmou que a política de valorização do salário mínimo não é importante apenas para os trabalhadores e aposentados que o recebem, mas para os demais setores do país.
O Ministério do Planejamento divulgou uma nota, no sábado (3), informando que não haverá mudança na forma de cálculo do salário mínimo a partir de 2016. O ministro Nelson Barbosa afirmou, no entanto, que a proposta “requer um novo projeto de lei, que deverá ser enviado ao Congresso Nacional ao longo deste ano”.
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão divulgou nota à imprensa nesta sábado (3) informando que o cálculo do salário mínimo a partir de 2016 seguirá a regra vigente atualmente. De acordo com o comunicado, a proposta requer um novo projeto de lei, que será enviado ao Congresso este ano. A nota atribui as informações ao novo ministro da pasta, Nelson Barbosa.
A partir de 2004/05, houve uma grande melhora a favor dos trabalhadores no perfil distributivo da renda. O Brasil mudou a sua estrutura econômica. Construiu um enorme mercado de consumo para as massas trabalhadoras. Mais de 40 milhões de trabalhadores se tornaram consumidores regulares.
Por João Sicsú*, no blog da Economia Polícia
A presidente Dilma Rousseff definiu o valor de R$ 788.00 para o salário mínimo a partir de janeiro de 2015 em decreto publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira (30).