“Precisamos de estratégias de marketing. Marketing das reformas necessárias”, disse o procurador Deltan Dallagnol em grupo de conversa com colegas em 2016. Dessa necessidade, mostram mensagens obtidas pelo site The Intercept Brasil, surgiu a ideia de fazer um monumento à Lava Jato em Curitiba, escolhido por meio de concurso. O projeto nunca foi concretizado, mas rendeu discussões entre procuradores, com a chefia do Ministério Público Federal no Paraná e até com o então juiz Sergio Moro.
A juíza do trabalho, Raquel Braga, integrante da Associação Brasileira Juízes para a Democracia (ABJD), considera que o atual ministro cometeu crimes de abuso de autoridade, improbidade administrativa, prevaricação e formação de quadrilha.
O afastamento do superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, resultado da ingerência inédita e direta de Jair Bolsonaro, é a continuação da operação abafa sobre as investigações dos crimes de Flávio Bolsonaro. Antes das investigações serem paralisadas por decisão de Dias Toffoli, a Polícia Federal, o Ministério Público e a Receita Federal estavam fechando o cerco sobre os crimes do senador e de seu auxiliar, Fabrício Queiroz.
As rusgas entre o presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Justiça, Sergio Moro, começam a influenciar os planos da direita para as eleições presidenciais de 2022. Entre os aliados de Moro que torcem por uma aproximação com o governador paulista e provável presidenciável do PSDB, João Doria, há a avaliação de que Bolsonaro pode tudo, hoje, menos brigar com o ministro da Justiça.
“Vai fazer um troca-troca?” A piada infame com que, durante uma de suas lives, o presidente Jair Bolsonaro constrangeu seu próprio ministro da Justiça, Sérgio Moro, é mais reveladora do que pode parecer. Ela diz muito do atual momento de nossa estropiada vida política.
Por Fábio Palácio*
Novo vazamento divulgado nesta setxa-feira (16) pelo portal UOL, em parceria com o The Intercept Brasil, revela que o procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça, fizeram lobby junto a Jair Bolsonaro para indicar Vladimir Aras para o cargo de Procurador-Geral da República (PGR) no lugar de Raquel Dodge. As conversas aconteceram logo após as eleições.
Em sua primeira entrevista desde que o STF impediu sua abusiva transferência para um presídio em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou, na quarta-feira (14), ao canal do jornalista Bob Fernandes no YouTube. O depoimento, gravado na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde Lula está preso injustamente, será exibido nesta sexta (16), às 18 horas, pela TVE Bahia (emissora pública estadual) – e também irá ao ar nas redes sociais da TV (YouTube, Facebook e Twitter).
Nova reportagem feita em parceria entre os repórteres Severino Motta, do BuzzFeed News, e de Leandro Demori, editor executivo do The Intercept Brasil, mostra que, na véspera da prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha procuradores queriam a apreensão da prova, mas foram convencidos do contrário pelo então juiz Sergio Moro. Cunha guardava conversas com detentores de foro – o que poderia levar processo para o STF.
Pacote anticrime de Sergio Moro é “uma grande enganação”: não contribui para fortalecer a segurança pública, não ajuda a reduzir os crimes violentos nem favorece o combate à corrupção. A avaliação é da presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), advogada Eleonora Nacif.
O ministro da Justiça pediu à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que investigue o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil ( OAB ), Felipe Santa Cruz, por suposto crime de calúnia. O crime teria sido cometido quando Santa Cruz disse que Moro "banca o chefe de quadrilha" nas investigações sobre o hacker suspeito de invadir aplicativos de celulares do ministro e de outras autoridades.
O ministro da Justiça, Sergio Moro, mandou a Polícia Federal abrir inquérito para investigar um youtuber pelo crime de ameaça. Num vídeo, Vina Guerrero disse que o presidente Jair Bolsonaro "tem que ser assassinado".
Sergio Moro perdeu mais uma. Na queda de braço pelas nomeações no Cade, não é o Senado, mas o ministro da Justiça o maior perdedor. O Conselho, encarregado da maltratada concorrência empresarial no Brasil, tem quatro vagas a serem preenchidas. A nomeação é do presidente da República, mas desde 2015 uma enfraquecida presidente Dilma Rousseff cedeu a prerrogativa ao Senado. O Centrão se apossou dela e se esparramou pelo órgão durante o governo Michel Temer.
Por Maria Cristina Fernandes*