Preso sob a suspeita de atuar como hacker, Walter Delgatti Neto, disse à Polícia Federal que foi a fonte do material que tem sido publicado desde junho pelo site The Intercept Brasil com conversas nada republicanas entre o então juiz Sérgio Moro (ministro da Justiça) e procuradores da Lava Jato.
O Projeto de Lei (PL) denominado Pacote Anticrime, de autoria do governo Bolsonaro, pautado no Congresso Nacional sob a coordenação do Ministro da Justiça Sergio Moro, com objetivo de atuar na melhoria da segurança pública no Brasil, está na contra-mão dos objetivos declarado verbalmente por Moro e seus defensores, as belas palavras dita por Moro não têm correspondência nas letras do PL.
Por Edson França*
“O ministro Sergio Moro, responsável pela farsa judicial contra o ex-presidente Lula, comanda agora um inquérito da Polícia Federal com o claro objetivo de produzir mais uma armação contra o PT.” A denúncia partiu do próprio Partido dos Trabalhadores na noite desta quarta-feira (24), em nota assinada por sua presidenta nacional, Gleisi Hoffmann, e pelos líderes do partido na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta, e no Senado, Humberto Costa.
Desde que foi anunciada a prisão dos supostos hackers, que teriam invadido os celulares de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, lideranças políticas no país já avaliavam o processo como esquisito, sem contexto e carente de provas.
Ainda não acabou a história do mítico juiz Sergio Moro, que com a operação Lava Jato criou um terremoto dentro e fora do Brasil, levando à prisão desde ex-presidentes da República, como o popular Lula da Silva, a empresários milionários, como Marcelo Odebrecht. De repente, o juiz deu o salto para a política, aceitando o Ministério da Justiça no governo de extrema direita de Jair Bolsonaro.
Por Juan Arias*
Dois dias depois da líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann, anunciar que teve seu celular clonado num “ataque hacker” semelhante ao sofrido pelo ministro Sergio Moro, nesta terça-feira (23) foi a vez do ministro da Economia, Paulo Guedes, relatar mais uma invasão. Segundo ministro do governo a alegar o suposto atentado à privacidade, parlamentares não pouparam críticas às alegações.
O ciclo de cinco anos do início da Lava Jato permite uma avaliação preliminar dos efeitos da operação na macroeconomia e no ambiente de negócios do Brasil. Essa observação no momento é possível a olho nu, sem precisão acadêmica e é o que faremos neste post, sujeito a contestações igualmente empíricas.
Por Andre Araujo*
O Supremo Tribunal Federal deve avaliar no segundo semestre, sob impacto das revelações de mensagens com bastidores da Lava Jato, ações que questionam a atuação do ex-juiz Sergio Moro. A ação mais conhecida é a do habeas corpus que tramita na Segunda Turma e no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva alega a suspeição do hoje ministro de Jair Bolsonaro. Mas não é o único caso.
As revelações do The Intercept desgastam a imagem do ministro de Justiça. Ele segue sendo popular, mas perde parte substancial do apoio da opinião pública e agora depende, mais do que nunca, da proteção presidencial
Por Eric Nepomuceno
O procurador Deltan Dallagnol, coordenador da operação Lava Jato, em chats secretos, sugeriu que Sergio Moro protegeria Flávio Bolsonaro para não desagradar ao presidente e não perder indicação ao STF.
Por Glenn Greenwald e Victor Pougy, do Intercept Brasil
Ex-cônsul honorário do Brasil em Queensland, na Austrália, o advogado Valmor Gomes Morais afirma ter descoberto pelo Diário Oficial da União que foi exonerado do cargo, na última quinta-feira. O desligamento ocorreu menos de uma semana após ele ter feito críticas ao ministro Sergio Moro (Justiça) em seu perfil pessoal no Facebook.
Em reposta à matéria publicada nesta quinta-feira (18) pelo Jornal Folha de S.Paulo, que revela que ele, na condição de juiz, exigiu ao menos um ano em regime fechado para homologar delações na Lava Jato, o ministro da Justiça, Sergio Moro, desprezou a lei ao corrigir o conteúdo da reportagem.
Por Iram Alfaia