O Sistema Único de Saúde (SUS) vem sendo fragilizado desde 2016. Ao mesmo tempo, uma proposta de “planos acessíveis” que une interesse do atual governo e parte dos parlamentares quer potencializar o mercado de planos de saúde.
Programas para tratamento de DST/Aids, Samu e a distribuição de medicamentos estarão seriamente comprometidos pela perda de recursos públicos na Saúde, nos próximos 20 anos. A queda nos investimentos pode chegar a R$ 900 bilhões, até 2036, validade da Emenda Constitucional 95, assinada pelo governo golpista do Michel Temer em 2016. Índices de mortalidade e desnutrição infantil serão atingidos de forma negativa pelas duas próximas décadas.
2018 é ano de eleição. Para não continuarmos retrocedendo, é importante apostarmos na nossa inteligência coletiva. Isso significa não uma disputa partidária, mas uma disputa de valores em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS). Muita gente ainda não percebeu o quanto pode ser peça fundamental para reverter o cenário de perdas nas políticas de saúde. Que retrocessos são esses?
Por Ronald Ferreira dos Santos*
Segundo apuração da Globo News, por meio da Lei de Acesso à Informação, a rede municipal de saúde de São Paulo tem um déficit de 1.693 profissionais no Sistema Único de Saúde (SUS).
O 32º Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo encerra nesta sexta-feira (20) com forte crítica à redução dos investimentos na saúde – reforçados pela Emenda Constitucional 95, que congela por 20 anos os gastos públicos.
‘A ousadia de propor um Novo Sistema de Saúde’. Essa foi a convocatória para um evento promovido pela Febraplan, a Federação Brasileira de Planos de Saúde, que circulou intensamente por meio das redes sociais no início desta semana. E que causou um rebuliço entre as entidades do Movimento Sanitário Brasileiro. Não sem razão.
Diante dos cortes de investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e das recentes mudanças na Constituição de 1988, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) participou do debate “SUS e o Pacto Federativo”, realizado pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal (MPF). A pauta foi debatida na última segunda (17/04), em Brasília, com presença de especialistas da área jurídica, econômica e social, que criticaram o congelamento de investimentos da Emenda Constitucional 95/2016.
O direito à saúde pública e universal é uma das previsões mais importantes da Constituição de 1988, texto cujos valores aproximaram o Brasil de uma social-democracia garantidora de condições básicas à dignidade humana.
Na última terça-feira (10) foi realizado em Brasília um evento que propõe a substituição do Sistema Único de Saúde pelo “Novo Sistema Nacional de Saúde”. A ideia central é que este “novo” sistema seja gerido segundo os ditames dos planos de saúde.
Por Rafael da Silva Barbosa*, no Brasil Debate
Na última terça-feira (10), a Federação Brasileira de Planos de Saúde realizou o 1º Fórum “Agenda Saúde: a ousadia de propor um Novo Sistema de Saúde”. A “ousadia” de tal Fórum é tentar privatizar a saúde pública no país por meio da meta de que em 2038 apenas 50% da população tenha acesso ao Sistema Único de Saúde. Para Elgiane Lago, Secretária Nacional de Saúde da CTB, caso a proposta tenha continuidade, a população de baixa e média renda serão as mais prejudicadas.
Por Verônica Lugarini
Médicos, trabalhadores, entidades da sociedade civil e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) protestaram nesta quinta-feira (5), em São Paulo, contra o sucateamento do atendimento público. Foram denunciados a falta de recursos e problemas de gestão que acarretam a má qualidade na prestação de serviço à população.
Representantes da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) participaram nesta quarta-feira (04) da 21ª Plenária Nacional de Conselhos de Saúde. O evento, organizado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), reuniu cerca de 800 conselheiros e conselheiras municipais e estaduais, além de representantes de diversas entidades e movimentos contra os retrocessos sociais.