Longe do teto da meta de inflação de 5% para 2022, Copom coloca fim ao ciclo de alta após 12 aumentos consecutivos visando as metas dos próximos anos.
Preço da alimentação não dá trégua e diminuição dos preços dos combustíveis é “redistribuição de renda dos pobres para a classe média”, aponta economista da UNB.
Copom eleva taxa Selic em meio ponto percentual, para 13,75% ao ano. Com a nova alta, a 12ª consecutiva, sociedade perde R$ 15 bilhões em um ano, calcula economista.
No primeiro semestre de 2022, emplacamentos sofreram uma redução de 15,04%.
Fixada pelo Copom em 13,25% ao ano nesta quarta (15), nova taxa de juros é a mais elevada desde dezembro de 2016 e aumenta pressão de custos sobre o setor produtivo.
Com a alta da inflação a população tem dificuldade para se alimentar. A expectativa dos economistas é que a alta dos preços continue e saia do controle.
O economista e professor universitária ressalta que a inflação no Brasil é o dobro da dos Estados Unidos, da Europa e do G-20.
Ao encarecer investimentos e comprometer ainda mais a renda dos pobres, o aumento de juros pode reduzir as chances de retomada do crescimento.
Previsão para expansão do PIB caiu de 5,15% para 5,04%, em 2021.
Caso a previsão se confirme, a inflação encerrará o ano 0,82 ponto percentual acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O teto, portanto, é 5,25%.
Segundo boletim Focus, IPCA deve encerrar 2021 em 5,15% e chegar a 3,64% em 2022. Com a alta da inflação, mercado estima alta também da taxa Selic.
Em sua última reunião, realizada em 4 e 5 de maio, o comitê aumentou a taxa básica em 0,75 ponto percentual, levando-a ao patamar de 3,5% ao ano.