Sob pressão desde que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) passou a desautorizá-lo reiteradas vezes em público, Sergio Moro está cercado por rumores de demissão. Aliados já chegaram a lhe sugerir sua saída do governo. Mas, segundo o jornal O Globo, a opinião dominante entre eles é a de que o ministro da Justiça deve aguentar calado as derrotas e forçar Bolsonaro a assumir o desgaste de demitir o ministro mais popular da Esplanada se quiser ver Moro fora do governo.
Mensagens analisadas pelos sites The Intercept Brasil e El País mostram que força-tarefa de Curitiba preferiu buscar acordos a investigar acusações contra as instituições financeiras. Enquanto desenhava estratégia, Dallagnol fez palestra na Febraban.
Um grupo de deputados norte-americanos do Partido Democrata quer saber a extensão – ou nível de cumplicidade – do envolvimento do Departamento de Justiça dos Estados Unidos na operação Lava Jato. No documento, os parlamentares perguntam ao procurador-geral dos EUA, William Barr, se o governo americano tinha conhecimento das relações ilegais mantidas pelo ex-juiz Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato e se teve alguma participação em “procedimentos judiciais ilegais”.
“Precisamos de estratégias de marketing. Marketing das reformas necessárias”, disse o procurador Deltan Dallagnol em grupo de conversa com colegas em 2016. Dessa necessidade, mostram mensagens obtidas pelo site The Intercept Brasil, surgiu a ideia de fazer um monumento à Lava Jato em Curitiba, escolhido por meio de concurso. O projeto nunca foi concretizado, mas rendeu discussões entre procuradores, com a chefia do Ministério Público Federal no Paraná e até com o então juiz Sergio Moro.
Mais um vazamento divulgado neste domingo (18) pelo The Intercept Brasil, em parceria com o jornal Folha de S.Paulo, revelou que os procuradores da Operação Lava Jato agiram à margem da lei para obter informalmente dados sigilosos da Receita Federal, sobretudo nos processos que envolviam o ex-presidente Lula.
Os procuradores da Operação Lava Jato agiram à margem da lei para obter informalmente dados sigilosos da Receita Federal nos últimos anos, sobretudo nos processos que envolviam o ex-presidente Lula. É o que apontam mensagens obtidas pelo The Intercept Brasil e analisadas pela Folha de S.Paulo e pelo site. Integrantes da força-tarefa do caso em Curitiba buscaram informações da Receita sem requisição formal – e sem que a Justiça tivesse autorizado a quebra do sigilo fiscal.
Em sua primeira entrevista desde que o STF impediu sua abusiva transferência para um presídio em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou, na quarta-feira (14), ao canal do jornalista Bob Fernandes no YouTube. O depoimento, gravado na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde Lula está preso injustamente, será exibido nesta sexta (16), às 18 horas, pela TVE Bahia (emissora pública estadual) – e também irá ao ar nas redes sociais da TV (YouTube, Facebook e Twitter).
A defesa de Lula impetrou Habeas Corpus no Supremo Tribunal Federal pedindo que a corte reconheça a suspeição dos procuradores da "lava jato" e, consequentemente, a liberdade do ex-presidente e a nulidade das ações penais.
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) impôs nesta terça-feira (13) dois reveses ao coordenador da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol. Na sessão desta manhã, o órgão decidiu desarquivar uma reclamação disciplinar contra Deltan e o também procurador Roberson Pozzobon, integrantes da força-tarefa em Curitiba. A decisão foi motivada pelas mensagens obscuras trocadas entre eles e publicadas pelo site The Intercept Brasil.
Nova reportagem feita em parceria entre os repórteres Severino Motta, do BuzzFeed News, e de Leandro Demori, editor executivo do The Intercept Brasil, mostra que, na véspera da prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha procuradores queriam a apreensão da prova, mas foram convencidos do contrário pelo então juiz Sergio Moro. Cunha guardava conversas com detentores de foro – o que poderia levar processo para o STF.
Procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba viram o resultado do primeiro turno da eleição de 2018 como uma oportunidade para tentar articular o impeachment do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). É o que revelam mensagens enviadas por fonte anônima ao site The Intercept Brasil e analisadas em parceria com o UOL. A nova leva de vazamentos mostra como Gilmar, alvo constante de ataques desses procuradores, era tratado como inimigo da Lava Jato.
Após o procurador da República Deltan Dallagnol divulgar que faria revelações inéditas sobre a "lava jato" em uma palestra com ingresso pago, o então corregedor-geral do Ministério Público Federal, Hindemburgo Chateaubriand Filho, criticou informalmente a conduta do colega.