A fala contundente do ministro Gilmar Mendes hoje (2) no Supremo Tribunal Federal pode levar a Procuradoria Geral da República a investigar o conteúdo da Vaza Jato. Seria algo inédito em quase quatro meses de revelações sobre eventuais crimes e abusos de estrelas da Lava Jato, como o ex-juiz federal Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol.
Por Kennedy Alencar
Se eu fosse filho de Lula, irmão dele, seu neto, bisneto, pai, mãe, mulher ou namorada, eu gostaria de vê-lo livre nas condições que lhe oferecem. Se fosse amigo de Lula, também. Tanto quanto se lulista fosse. A namorada, diga-se, discorda.
Por Juca Kfouri
Com a sucessão de derrotas do Ministério Público Federal (MPF), procuradores já passam a defender um novo julgamento para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex do Guarujá. Condenado sem provas e em meio a uma relação criminosa entre o ex-juiz Sergio Moro e a operação Lava Jato, Lula está preso em Curitiba (PR) desde 7 de abril do ano passado.
O vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA), defendeu, nesta quarta-feira (23), correções à Lava Jato, após o subprocurador-geral Augusto Aras reconhecer que a Operação necessitava de ajustes. A fala ocorreu durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, que aprovou sua indicação para ser chefe da Procuradoria Geral da República (PGR).
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, proibiu a entrada de jornalistas com celulares, gravadores e câmeras de filmagem em evento do qual foi um dos palestrantes nesta terça-feira (17), no Palácio Tangará, hotel de luxo localizado na zona Sul de São Paulo. A informação foi passada à imprensa pela assessoria de comunicação do hotel.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) conversou com o ator e humorista Bemvindo Sequeira sobre a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara dos Deputados para apurar as denúncias de irregularidades cometidas pelo ex-juiz Sergio Moro e os procuradores da Operação Lava Jato. Para a deputada a CPI cria uma possibilidade real de que ilegalidades explícitas reveladas pelo site The Intercept sejam apuradas. Assista a íntegra da conversa.
O Ministério Público Federal (MPF) pediu duas vezes ao então juiz Sergio Moro operações contra a filha de um alvo da Lava Jato que vive em Portugal como forma de forçá-lo a se entregar. Apesar de ser titular de contas no exterior que receberam propinas, ela não era suspeita de planejar e executar crimes. É o que apontam mensagens de Telegram trocadas entre procuradores e divulgadas nesta quarta-feira (11) pelo site The Intercept Brasil.
Há três meses, uma série de reportagens publicadas pelo site The Intercept Brasil e seus parceiros vem revelando a forma como procuradores da República e o então juiz Sergio Moro utilizaram politicamente a Operação Lava Jato. No entanto, apesar das revelações publicadas pela imprensa brasileira, até o momento não houve sanções aos envolvidos.
Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara
Procuradores da Lava Jato desconsideraram uma grave denúncia de manipulação de escolha do relator do processo de cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso desde outubro de 2016. O relato da fraude foi feito por Cunha ao propor delação premiada. O procurador Orlando Martello mencionou supostas “bolas mais pesadas no sorteio da relatoria” do Conselho de Ética, conforme mensagens do Telegram obtidas pelo site The Intercept e analisadas pelo UOL.
Este final de semana, uma nova reportagem da Folha de S.Paulo em parceria com o site The Intercept Brasil trouxe à tona um novo capítulo sobre o uso político da operação que deveria combater a corrupção no país. A reportagem mostra o então juiz Sergio Moro – atual ministro da Justiça – conspirando abertamente para impedir a nomeação do ex-presidente Lula para a Casa Civil e tirar a ex-presidente Dilma Rousseff do poder.
Por meio de um manifesto, mais de 150 juristas pedem afastamentos dos procuradores da Lava Jato e a investigação sobre o ex-juiz Sérgio Moro pela “grave transgressão jurídica” na divulgação de áudio de conversas telefônicas entre a então presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. Reportagem da Folha de S.Paulo deste domingo (8), em parceria com Intercept Brasil, revela que os procuradores agiram politicamente para o afastamento da presidenta.