Com uma média de 4,5 homicídios por dia na cidade de São Paulo, o mês de setembro passou a liderar a série histórica publicada desde janeiro de 2011 pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. Os 135 casos registrados no mês passado representam um crescimento de 96% na comparação com o mesmo período de 2011.
A cidade de São Paulo registrou 135 casos de homicídios com 144 vítimas em setembro, o que representa um aumento de 96% em comparação ao mesmo período de 2011 – que teve 69 casos com 71 vítimas. Os dados foram divulgados na quarta-feira (25) pela Secretaria Estadual da Segurança Pública. O mês passado foi recordista em assassinatos desde janeiro de 2010, quando o governo do estado passou a divulgar as estatísticas criminais mensais.
Em uma curta crônica, o poeta e escritor Ferrez fala sobre uma realidade que muitos fingem não ver.
O governador Geraldo Alckmin tem afirmado que nas ações policiais só morre quem reage. Seu secretário de segurança diz que há muita fantasia sobre as atividades do PCC.
Por Marcelo Semer*
Dezenove pessoas foram mortas a tiros desde a segunda-feira 8 na periferia de São Paulo; outra 15 morreram nas mesmas circunstâncias violentas na Baixada Santista nos últimos cinco dias; polícia militar monta operação de guerra, com cinco mil homens de reforço, blindados e helicópteros para controlar situação; confrontos típicos da gestão Geraldo Alckmin são melhores que presença policial ostensiva permanente, como a das UPPs no Rio de Janeiro governado por Sérgio Cabral?
O excelente artigo de Maria Rita Kehl na Ilustríssima (publicado em 16 de setembro*), "Alckmin usa a mesma retórica dos matadores da ditadura", sobre uma ação infeliz da PM paulista, mereceu uma resposta burocrática e malcriada de um subsecretário de Comunicação do governo do Estado de São Paulo, Marcio Aith, intitulada "Psicanálise de embromação" (em 23 de setembro)**.
Para relembrar o Massacre do Carandiru, que completa 20 anos amanhã (2), movimentos sociais e a Pastoral Carcerária vão fazer um ato na Praça da Sé, a partir das 15h, no centro da capital paulista.
Não terás medo (…) da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia. Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti.
Os versos do salmo 91 foram repetidos inúmeras vezes por Sidney Salles naquela sexta-feira, 2 de outubro de 1992. Ele estava no quinto andar do pavilhão 9 da Casa de Detenção quando a Polícia Militar entrou e perpetuaria o maior massacre do sistema carcerário brasileiro.
Por Juliana Sada, no blog Escrevinhador
O governo federal lança nesta quinta (27), em Maceió (AL), a primeira etapa de um programa piloto de enfrentamento ao crescente número de homicídios entre jovens negros de todo o país. Intitulado Juventude Viva, a iniciativa é a primeira etapa de uma ação mais ampla, o Plano de Prevenção à Violência Contra a Juventude Negra.
“Quem não reagiu está vivo”, disse o governador de São Paulo ao defender a ação da Rota na chacina que matou nove supostos bandidos numa chácara em Várzea Paulista, na última quarta-feira, dia 12. Em seguida, tentando aparentar firmeza de estadista, garantiu que a ocorrência será rigorosamente apurada.
Por Maria Rita Kehl*, na Folha de S. Paulo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu nesta quarta (12) a ação das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) que resultou na morte de nove pessoas nesta terça (11) na Grande São Paulo. A operação, que envolveu 40 homens, tinha o objetivo de impedir a realização de um tribunal do crime organizado para julgamento e execução de um acusado de estupro.
Nos bairros “nobres”, arrastões e policiamento reforçado. Nas periferias carentes, mortes, clima de medo e abusos policiais. Este é o cenário que domina a cidade e o estado de São Paulo na atualidade. A milionária propaganda tucana sobre os avanços na segurança pública, que insinuava um paraíso na terra, foi para o ralo.
Por Altamiro Borges, em seu blog