Sede de solução
Em todas as rodas de conversa não há outro assunto, não se fala em outra coisa. Dos botecos às grandes reuniões, seja no almoço ou no jantar, o tema do momento é… Água, ou melhor, a falta dela. Assim como os grandes temas brasileiros. Como futebol, política e religião, onde todo mundo tem uma opinião formada, um culpado e uma solução, com a água não esta sendo diferente.
Publicado 27/01/2015 10:08
A certeza é que já existe racionamento, ele só não chegou ao Palácio dos Bandeirantes. Por isso, ainda não é oficial. O culpado, governo. E a solução, como sempre, esperar por Deus, nesse caso, em seu ministro responsável pela pasta das águas, São Pedro.
A grande questão começando por Deus é que o todo poderoso, parece, já deu sinais há algum tempo que está de saco cheio dos brasileiros (vide os 7X1 para a Alemanha na Copa do Mundo).
Em relação ao nosso Governo, de volume morto em volume morto, já estamos chegando ao fim do cemitério e não há buraco mais embaixo, portanto, ao que tudo indica, teremos mais alguns poucos meses para que ele venha a público e diga aquilo que os paulistanos já estão cansados de ouvir do zelador, do cônjuge, da empregada doméstica, da mãe, da tia… a água acabou.
Apesar de sermos uma nação de muita fé no divino e nas forças da natureza, é imprescindível saber das autoridades responsáveis pelo abastecimento de água a verdade. Como sobreviverá a capital de 11 milhões de pessoas sem água?
Não é só falta de água para o banho, para a louça ou para a roupa que já afeta bairros da periferia que me refiro, mas a falta de água nos hospitais, creches, escolas e em todas as atividades emergenciais que a quarta maior cidade do mundo exige.
Quais são as políticas formuladas e os esquemas emergências que estão sendo preparados, além daqueles que estamos ouvindo há quase um ano? Ou seja, que não terá racionamento e que quando, num belo dia, São Pedro acertar a mira nas represas que abastecem São Paulo, tudo vai melhorar.