Há pouco tempo fui procurado por um CEO de uma grande companhia disposto a iniciar seu programa de Ação Afirmativa, mas com muitas dúvidas de como abordar o assunto. Haviam questões das mais complexas, como tratar do assunto dentro da empresa, até coisas mais simples, como qual palavreado usar ao se direcionar aos seus colaboradores.
Existem fatos que, por maior que sejam os nossos esforços para não ter um olhar racial, as imagens falam por si. Assistindo recentemente a um documentário sobre o terremoto do Haiti nos veio à mente como a história do negro na diáspora africana é a mesma, não importando se somos ou não a maioria da população.
Nas últimas semanas, os legisladores se debruçaram sobre uma questão histórica e velada: dar legitimidade ao hipócrita sistema excludente de trabalho que nasceu nas senzalas e seus desdobramentos inócuos nas leis abolicionistas no Brasil.
Não dá para falar sobre a previdência social brasileira sem remeter a todos os ciclos econômicos brasileiros, que sempre privilegiaram brancos nesse sistema. A primeira forma de aposentadoria que se tem notícia foi a lei dos sexagenários ou Lei Saraiva-Cotegipe (n.º 3.270) de 28 de setembro de 1885, garantindo liberdade aos escravos com mais de 60 anos.
Ainda me lembro na infância, nas aulas de educação moral e cívica, matéria obrigatória nos primeiros anos escolares, das lições sobre o papel dos três poderes – Legislativo, Executivo e Judiciário – um aprendizado que ocorria durante nos anos de chumbo da ditadura militar, que, a bem da verdade, se lixava para o papel desses poderes.
Diz um velho ditado que não se faz uma omelete sem quebrar alguns ovos. O Brasil figura entre os maiores países do mundo em área territorial. Estamos entre as dez maiores economias do planeta. Um país estratégico não só em reservas minerais, mas também na produção de alimentos. Por aqui gigantes multinacionais da área de alimentos possuem terras na Amazônia, e instaladas aqui também disputam outras gigantes do petróleo, automóveis e outros bens.
Desde 2007, o 21 de janeiro é comemorado Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Instituída pela Lei nº 11.635, de 27 de dezembro de 2007, a data rememora o falecimento da Iyalorixá Mãe Gilda, do terreiro Axé Abassá de Ogum (BA). Vítima de intolerância religiosa a sacerdotisa foi acusada de charlatanismo, sua casa foi atacada e pessoas foram agredidas, vindo ela a falecer em 21 de janeiro de 2000.
Pertenço a uma geração que tem vivenciado mudanças estruturais políticas, sociais, comportamentais e tecnológicas num espaço de tempo talvez nunca antes vivenciado na história da humanidade.
Diz um velho amigo baiano Zulu Araújo, que uma das verdades mais absolutas deste país é que tudo começa na Bahia ou como diz Gilberto Gil em verso e prosa primeira missa, primeiro pelourinho, primeiro índio abatido também que Deus deu que Deus dá.
Na madrugada deste domingo, um dos filhos da cantora de funk Tati Quebra Barraco foi morto a tiros em operação policial na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro. A artista prontamente utilizou suas redes sociais para lamentar a perda e declarou "a PM tirou um pedaço de mim que jamais será preenchido".