Bolsonaro é obrigado a sair da UFF dentro de camburão da PM

No dia 19, Universidade Federal Fluminense foi palco de um grande embate entre estudantes e o deputado federal Jair Bolsonaro (PP). Conhecido defensor da ditadura militar e reiteradamente acusado de ser homofóbico e racista, Bolsonaro foi obrigado a sair de um debate na Faculdade de Direito dentro do camburão da Polícia Militar.

Durante o debate dois vereadores da cidade, Renatinho (PSOL) e Leonardo Giordano (PT) aproveitaram a ocasião para entregar moções de repúdio ao deputado que foram aprovadas na Câmara Municipal de Niterói. As moções foram queimadas por Bolsonaro durante o debate.

O deputado também foi extremamente desrespeitoso com a história do Brasil ao afirmar que Fernando Santa Cruz, que dá nome ao DCE da UFF, “deve ter morrido bêbado em algum acidente de carnaval”.

Em mensagem postada nas redes sociais, o advogado Felipe Santa Cruz, que é filho de Fernando, repudiou a declaração de Bolsonaro e de forma irônica reafirmou a luta de seu pai pela democracia:

“Homens como meu pai tiveram que morrer para que até os escrotos tivessem direito a voz”, afirmou Felipe Santa Cruz.

A declaração de Bolsonaro causou tanta indignação nos estudantes que o deputado foi obrigado a sair do campus da UFF dentro de um camburão. Para Thiago José Silva, estudante de direito da universidade e militante do movimento estudantil, a saída de Bolsonaro dentro de um camburão da polícia militar ainda não é o suficiente para o resgate da memória do país.

“O movimento estudantil brasileiro luta hoje, através da UNE, para que a Comissão da Verdade seja aprovada e a nossa história seja conhecida”, finalizou Thiago José.