Petroleiros do RN cruzam os braços no dia 10 de junho contra o golpe
José Araújo, coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte (RN), confirmou a adesão ao dia 10 e informou que a mobilização dos trabalhadores pretende atingir 10 mil pessoas, entre petroleiros e população que circula nos pólos de produção. Até esta quarta-feira (8) acontecem assembleias da categoria pelo Brasil para decidir a participação nos atos contra o governo provisório de Michel Temer e em defesa dos direitos sociais e dos trabalhadores.
Por Railídia Carvalho
Publicado 07/06/2016 18:29

O Rio Grande do Norte é o estado que lidera a extração de petróleo em terra no Brasil, que é realizada nas cidades de Mossoró, Alto do Rodrigues e Guamaré.
A mobilização dos petroleiros acontecerá nesses locais, iniciando nesta quarta-feira (8). A ideia é que a movimentação antecipada fortaleça o dia de luta contra o golpe na sexta-feira (10).
Petroleiros mobilizados
No dia 10 de maio, os petroleiros do Rio Grande do Norte também participaram dos atos em defesa da democracia em uma paralisação que atingiu as plataformas marítimas no estado que são ao todo 27 unidades.
Entre as prioridades do interino Michel Temer estão a aprovação da abertura da exploração do pré-sal para o capital estrangeiro. A prática neoliberal tucana voltou a se instalar na Petrobras com a posse de Pedro Parente, denunciada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). A entidade cobrou explicações do Conselho de Administração da empresa que endossou o nome de Parente.
Retrocessos nos direitos do povo
Segundo Araújo, a orientação de paralisação da FUP deve ser aprovada pelos petroleiros do Ceará, Piauí, Bahia e Pernambuco, que unidos aos petroleiros do Rio Grande do Norte, devem somar um público total de 50 mil trabalhadores de braços cruzados.
"Quando o trabalhador compreender que ele é que produz a riqueza nacional. Muitos ainda tem a visão de que o emprego é um favor que o empregador faz a ele. A nossa luta é fazer com que esse trabalhador tenha essa compreensão é que se ele cruzar os braços vai influenciar nos destinos do país e melhorar a sua condição de vida", ressaltou Araújo.