WikiLeaks vaza mais e-mails devastadores da campanha de Hillary

O WikiLeaks publicou nesta segunda-feira (10) o segundo lote de e-mails de John Podesta, o atual chefe de campanha da candidata democrata à presidência dos EUA, Hillary Clinton.

Hillary Clinton, ex-secretária de Estado dos EUA e pré-candidata à presidência do país

Podesta trabalhou com Bill e Hillary Clinton de forma intermitente desde 1993. Ele foi chefe de gabinete da Casa Branca entre 1998 e 2001, durante a segunda parte do mandato presidencial de Bill Clinton, e entre janeiro de 2014 e fevereiro 2015 também foi assessor do atual presidente dos EUA, Barack Obama.

Entre os 2.068 e-mails vazados hoje, o ex-presidente Bill Clinton ocupa um lugar de destaque, segundo afirmou o WikiLeaks em seu perfil no Twitter. De acordo com a organização, o lote abrange o período de setembro de 2007 a março de 2016.

Usando o codinome de William Jefferson Clinton ou WJC, a correspondência eletrônica menciona os casos extraconjugais de Bill Clinton e como eles poderiam afetar a campanha presidencial de sua esposa.

"Tive uma troca de e-mails com alguém da mídia esta manhã – alguém que você conheceria – e [essa pessoa] me contou que há pessoas em torno dos Clintons que dizem que a vida sexual de WJC poderia estar prejudicando-a", diz um e-mail recebido por Podesta em janeiro de 2016, assinado pelo blogueiro Brent Budowsky.

Em outro e-mail, datado de dezembro de 2011, Doug Band, um advogado que ajudou a criar a Iniciativa Global Clinton, diz que a chefe de operações da Fundação Clinton, Laura Graham, estava com disposições "suicidas" devido "ao estresse de toda essa história com WJC" e o Clinton Valley Centre.

O advogado diz ainda que a filha do casal, Chelsea, não se importa com o seu "papel" nos problemas do escritório.

Na sexta-feira passada (7), o WikiLeaks vazou mais de 2.000 e-mails de Podesta, os quais falavam sobre os interesses da Turquia no conflito sírio e o papel dos EUA na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh), entre outros assuntos.

Na terça-feira passada (4), o fundador do site, Julian Assange, anunciou em uma videoconferência transmitida em Berlim que o WikiLeaks publicaria um importante material que afetaria as eleições presidenciais dos EUA, agendada para 8 de novembro.

De acordo com Assange, os documentos a serem publicados também envolvem governos de três países.