Nova parcial mantém suspense sobre segundo turno no Peru

Humalla tinha 30,99% dos votos na parcial divulgada pelo Escritório Nacional de Processos Eleitorais do Peru, com base em 83,3% das urnas de domingo passado. A diferença entre García e Lourdes era de apenas 120.441 votos.

A candidata das forças conservadoras confia ainda em uma virada que a coloque no segundo turno. Ela apóia o seu otimismo em 1,5 milhão de votos de 7.300 atas ainda não computadas, por apresentarem irregularidades, como discrepâncias no número de votantes. Deste total, 2.500 atas provêm da capital, Lima, onde predominou no domingo o voto conservador.

Lourdes espera também 85 mil votos de vantagem entre os peruanos que votaram no exterior. Já García procura impugnar estes votos, apresentando documentação de que em pelo menos cinco cidades da Europa e Estados Unidos a presidenciável direitista promoveu propaganda de boca-de-urna, proibida pela lei eleitoral peruana.

Qualquer que seja o segundo colocado, o segundo turno tende a ser uma batalha difícil. As definições sobre sistemas de aliança estão praticamente paralizadas devido à incerteza sobre quem serão os candidatos.

Uma aliança entre García e Lourdes Flores ficou dificultada pela acirrada campanha do primeiro turno, em que o aprista conseguiu colar em sua rival a etiqueta de “candidata dos ricos”. Esta revidou recordando as numerosas denúncias de corrupção que pesam sobre o governo presidencial de García, nos anos 80.

Com agências