A solenidade no Hotel Nacional, em Brasília, no final da manhã desta quarta-feira (19), em Brasília, reuniu autoridades, como o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP); o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo; o líder do Partido na Câmara dos Deputados, Inácio Arruda (CE); parlamentares, militantes e simpatizantes.
"Foi dada a largada", disse o ex-ministro do Esporte, acostumado aos termos esportivos, para dizer que "o primeiro gesto é esse, do PCdoB apresentar candidatura aos partidos – possíveis aliados -, que precisam saber que a nossa candidatura é prá valer, irreversível, que está posta para exame dos partidos". E anunciou que "a partir de agora vamos prosseguir com conversas com os partidos para formar ampla aliança de centro-esquerda.
Cercado de representantes de outros partidos – PSB, PPS, PHS, PV, PL e PV -, na mesa composta ainda pelo e o presidente regional do Partido, Apolinário Rebelo, Agnelo falou também sobre a construção do programa de governo, "com base popular, quando serão consultados todos os setores da cidade com o compromisso de cuidar da nossa gente, do nosso povo", afirmou.
Dedicação à cidade
Agnelo enfatizou, durante todo o seu discurso, a necessidade de concretizar alianças que represente, o novo, o moderno, para cuidar do nossa gente". Disse que "essa é uma candidatura de uma frente de partidos, que vai governar nossa cidade, no próximo ano, com objetivo de construir uma cidade que merece dedicação e preservar as condições e qualidade de vida para as próximas gerações, – nossos filhos e netos".
"Cuidar mais e melhor do futuro da cidade e de sua gente, é esse o desafio", disse Apolinário Rebelo que reforça a chapa do Partido como candidato a deputado distrital. Para ele, "Brasília vive um momento de viragem política. Nossa cidade precisa de um novo projeto de desenvolvimento onde as grandes obras, importantes e necessárias sejam acompanhadas da valorização e atenção à sua gente".
E como dirigente do Partido, Apolinário declarou que "o PCdoB do Distrito Federal tem a convicção de que isso é possível e de que ninguém é forte sozinho. Em homenagem ao aniversário de 46 anos de Brasília, apresenta e disponibiliza ao povo de nossa cidade, às suas lideranças políticas, empresariais e sociais, aos partidos de esquerda e centro-esquerda do DF o nome do deputado Agnelo Queiroz para construir um movimento político capaz de conquistar o GDF e assegurar um futuro melhor para Brasília", afirmou.
União de todos
Após o evento, o candidato foi cercado pelos jornalistas. Em meio aos cumprimentos e palavras de apoio, Agnelo falou sobre as várias candidaturas de esquerda que estão sendo lançadas no DF. Além do PCdoB, PDT, PT e Psol lançaram candidaturas próprias.
Para Agnelo, até junho, quando termina o prazo para realização das convenções, ele manterá conversações com cerca de 10 a 12 partidos com objetivo de efetivar ampla aliança de esquerda. Ele disse que "o nosso objetivo é unir todos, a aliança está aberta a todos os partidos, inclusive o PT", mas acrescentando que "temos que organizar candidatura mesmo que um ou outro partido não venha para essa aliança".
Ele considerou o resultado da pesquisa eleitoral divulgada na terça-feira (18), que apresenta percentual de intenção de votos para ele entre 4 e 7%, como "espetacular". E aposta que "os números vão crescer muito, porque nós vamos reunir lideranças saudáveis da cidade – numa aliança ampla, variada, plural, que representa vários segmentos da cidade".
"Estamos começando uma caminhada e fico satisfeito que individualmente já tenha um desempenho desses", afirmou. E novamente falou sobre a característica da candidatura – nova e moderna -, "que vai governar junto com outros partidos, com grau de desenvolvimento semelhante. Queremos partidos amigos, aliados e tradicionais do nosso lado", enfatizou.
Junto com o PT
Agnelo tentou evitar perguntas sobre as disputas internas do PT, mas cedeu a uma avaliação de que "política é arte da conversa, da negociação", reconhecendo que o PT vive processo interno e longo de definições, mas que vai manter as conversas com o PT, "para ter PT conosco". Também avaliou a posição do presidente Lula que demonstra simpatia pela candidatura dele mais do que a do próprio Partido.
Segundo Agnelo, "Lula quer ganhar eleição em Brasília e acha que deveria ter uma só candidatura e acredita que teremos maturidade para construir essa unidade", acrescentando que "é evidente nas manifestações de diversos partidos políticos, que o nome de Agnelo é mais fácil de unir os diversos partidos".
O presidente do PHS, Francisco Ferraz, confirma a opinião de que "Agnelo tem competência para fazer as alianças que são fundamentais para vencer a eleição". Mas vê dificuldades na construção das alianças, destacando a história da esquerda para se unir, "mas esperamos que tenham isso como lição para obter o governo, porque se localmente a gente observa rupturas no setor conservador, esse é o momento ideal para a esquerda lograr êxito", afirmou.
De Brasília
Márcia Xavier
