CUT recorre de decisão judicial pró-PSDB

Com seu jornal injustamente proibido de circular desde segunda-feira, a CUT-SP decidiu recorrer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No dia 17, o ministro Marcelo Ribeiro, do TSE, acatou representação movida pelo PSDB, que ordenava &l

Respeitamos a decisão da Justiça, mas já recorremos informando ao Ministro do TSE que o nosso jornal especial sobre o balanço dos 12 anos do governo do PSDB não teve nenhum caráter eleitoral e nem partidário, pois não mencionamos “propaganda de ninguém”, apenas fizemos nosso balanço, que foi baseado em notícias e estatísticas amplamente divulgadas pelos meios de comunicação de massa.

Tudo o que foi divulgado não é novidade, até porque foi publicado pela grande imprensa. Apenas cumprimos o nosso papel que é zelar pela defesa dos direitos dos trabalhadores e pela transparência dos fatos – compromisso que assumimos há 23 anos, quando fundamos a nossa Central.

Se nos acusam de fazer campanha eleitoral e de induzir a população a não votar nos candidatos tucanos, então a imprensa faz o mesmo ao divulgar “Banco Estatal beneficiou aliados de Alckmin”; Assembléia investiga doações a Lu Alckmin; Ministério Público vai investigar denúncias contra Alckmin; MP investigará convênio do acupunturista do tucano entre outras notícias publicadas recentemente?

Assim como a grande imprensa tem toda a liberdade em investigar a vida pública das autoridades, nós temos o compromisso de alertar o trabalhador e mantê-lo consciente do que está acontecendo.

Para resolver os diversos problemas enfrentados no Estado de São Paulo — como a onda de rebeliões e violência na Febem; o aumento da criminalidade; a matança de jovens nas periferias; a falta de médicos e materiais básicos nos hospitais; o analfabetismo funcional entre outros – é fundamental o diálogo e a transparência.

Há 12 anos, a CUT/SP e os sindicatos filiados do funcionalismo público estadual propõem ao ex-governador a instalação de uma mesa permanente de negociação, para se discutir e implementar políticas públicas que melhorem os serviços públicos, bem como a sua qualidade. No entanto, o governo do PSDB sequer atendeu as nossas solicitações, se fechando ao debate.

Já tomamos as medidas cabíveis e vamos aguardar a apreciação do TSE sobre a nossa defesa.

Edílson de Paula, presidente da CUT-SP