Haroldo Lima: Exploração em águas profundas levou à autonomia

A auto-suficiência na produção de petróleo é "uma vitória do povo brasileiro" que só foi possível com o desenvolvimento da tecnologia em exploração de petróleo em águas profundas pela Petrobras, afir

A auto-suficiência na produção de petróleo é "uma vitória do povo brasileiro" que só foi possível com o desenvolvimento da tecnologia em exploração de petróleo em águas profundas pela Petrobras, afirmou o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima.

"Desde que o Brasil começou a procurar petróleo, em 1953, havia a idéia, mesmo que remota, de que nós iríamos chegar a auto-suficiência na produção, um feito de importância estratégica para o país", lembra Lima. "As dificuldades eram muitas e naquela época o país convivia com déficits crescentes em nossa conta petróleo, que sempre foram dos mais pesados, mais onerosos para o erário do país".

A guinada veio, segundo ele, com o direcionamento das pesquisas e dos recursos para exploração em águas profundas, que garantem atualmente 80% da produção nacional a partir da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. "Nós não tínhamos grandes mananciais em terra quando começamos a desenvolver tecnologias em águas rasas. A descoberta das jazidas petrolíferas da Bacia de Campos mudou a história do petróleo no Brasil. Foram descobertos campos como os de Roncador e Marlim, ambos com bitola de Oriente Médio. Com uma performance muito acima das existentes. Foi quando começamos a alimentar a idéia da auto-suficiência", conta o diretor-geral da ANP.

Haroldo Lima destacou a excelência mundial da Petrobras na exploração de poços com até 2.700 metros de lâmina de água (da superfície do oceano ao fundo), e a possibilidade de que a empresa possa vir a explorar jazidas em profundidades ainda maiores.

Fonte: Agência Brasil