Ellen Gracie é a 1ª a chefiar um dos Poderes da República

A ministra Ellen Gracie tornou-se hoje (27), às 16h13, a primeira mulher a presidir o Supremo Tribunal Federal (STF). Ela é a primeira mulher a chefiar um dos Poderes da República Federativa do Brasil. E será também a primeira a

Em 2000, Ellen Gracie  foi também a primeira mulher a assumir uma das 11 cadeiras do Supremo. Após investida do cargo, ela empossou vice-presidente do STF, o ministro Gilmar Mendes.

Participam da cerimômia da posse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Renan Calheiros, o procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, juristas, governadores, parlamentares e servidores do STF, entre outros.

"Rompeu-se uma resistência"

O ministro Celso de Mello saudou a nova presidente do Supremo e o vice-presidente Gilmar Mendes. Ele salientou o “momento histórico”, não só para o Supremo, “mas, sobretudo, na vida de nosso povo e na história das mulheres brasileiras”. Referiu-se ao “longo itinerário histórico percorrido pelo movimento feminista”, e destacou várias de suas protagonistas. Manifestou-se “pela igualdade de gênero”. Afirmou que, já com a posse de Ellen como ministra do STF, “transpôs-se uma barreira histórica, rompeu-se uma resistência cultural e inaugurou-se, de modo positivo, na história judiciária do Brasil”.

Ellen Gracie Northfleet nasceu no Rio de Janeiro em 1948 e diplomou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Deu aulas nesta universidade, trabalhou no Ministério Público Federal e fez cursos de especialização nos Estados Unidos. Compôs, em 1989, e presidiu, em 1997, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Por decreto de 23 de novembro de 2000, foi nomeada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso para exercer o cargo de ministra do Supremo Tribunal Federal.
Por seu comportamento como ministra, a agora presidente do Supremo segue os padrões conservadores do STF, fundado em 1891. Por sua condição de primeira mulher a exercer esta responsabilidade, e pelos não poucos desafios que há de ter enfrentado e superado para aí chegar, representa um passo avante significativo na plena afirmação dos direitos da cidadania, que não pode deixar de incluir a plena afirmação dos direitos das cidadãs.
Com agências