Itamar, “definitivamente pré-candidato”, quer decisão dia 13

O ex-presidente Itamar Franco proclamou com ênfase sua decisão de disputar com o ex-governador Anthony Garotinho (RJ) a indicação do PMDB como candidato à Presidência. "Eu sou definitivamente um pr&eacute

Em resposta ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que viu uma “brincadeira” em sua pré-candidatura, Itamar disse que "em mais de 16 anos no Congresso, nunca vi uma presidência do Congresso tão pobre". Afirmou também que Renan lhe deveria "só um pouquinho de gratidão".
Mas Itamar também apoiou taxativamente a data de 13 de maio para a Pré-Convenção do PMDB, definida sob pressão da ala pró-Lula do partido, que Renan Calheiros integra. "Eu sou favorável. Acho que o PMDB precisa resolver quanto mais rápido possível esse imbróglio que está de ter ou não candidatura à Presidência", afirmou.

Garotinho: "Lutarei contra os golpistas"

Se Itamar Franco quer a Pré-Convenção de 13 de maio, Anthony Garotinho só a aceita uma decisão na Convenção de 10 de junho. Ele disse que vai recorrer à Justiça para tentar derrubar o encontro, um trunfo dos peemedebistas pró-Lula. “A Convenção que vale é somente a de 10 de junho. Qualquer outra convenção é golpe. Lutarei contra golpistas”, advertiu o ex-governador.
"É mais uma tentativa de golpe. Já enfrentei tantas outras. Vou resistir contra mais essa", disse ainda Garotinho.

O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), entretanto, disse que as denúncias de irregularidades nas doações feitas para a pré-campanha de Garotinho podem inviabilizar a sua candidatura.

Incertezas de um partido de centro

Itamar disse não querer comentar, por “razões éticas”, as denúncias de doações suspeitas recebidas por Garotinho. Também na quarta-feira (26), depois de uma conversa com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), não quis falar à imprensa. Fez apenas uma brincadeira, comentando que Aécio serviu-lhe suco de abacaxi em vez de um cafezinho, o quase o fez ir embora. A decisão agora anunciada passa por Minas, já que o projeto do ex-presidente antes de se lançar como presidenciável parecia ser a disputa da vaga mineira no Senado, na mesma chapa de Aécio.

O PMDB sofre as incertezas típicas de uma agremiação de centro, num cenário polarizado pelas candidaturas presidenciais de Lula, à esquerda, e Geraldo Alckmin, à direita. Não sabe se terá candidato à Presidência, nem qual será, nem quando tomará a decisão. Entretanto, permanece como uma grande força parlamentar (82 deputados federais e 23 senadores) e regional (cerca de 16 candidatos competitivos a governador). Isto explica o assédio que sofre tanto da parte do bloco pró-Lula como dos oposicionistas PSDB e PFL.

Com agências