Relatório dos EUA critica Brasil por não ter lista do terror

O “Relatório anual sobre o terrorismo”, do Departamento de Estado dos EUA, “lamenta” o fato do Brasil “ter optado por não estabelecer um sistema que designe nominalmente grupos terroristas”. E volta a fazer

O “Relatório” se queixa também de que o Brasil considera o Hezbolá libanês como um partido político. Para os EUA, trata-se de um grupo terrorista, embora tenha participado normalmente nas eleições do ano passado no Líbano.
O Departamento de Estado também gostaria que o governo brasileiro classificasse como “terroristas” as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). E critica o Brasil por estabelecer muitos obstáculos à extradição de estrangeiros. “Isso pode complicar os esforços de governos estrangeiros para levar terroristas fugitivos à Justiça”, objeta o documento da diplomacia de Condoleezza Rice.
O caso Olivério Medina
Esta última objeção parece estar vinculada ao caso do revolucionário colombiano Olivério Medina, porta-voz das Farc, que se encontra detido no Presídio da Papuda, em Brasília. O governo colombiano do ultra-direitista presidente Álvaro Uribe exige a extradição de Medina. Já entidades brasileiras, como o Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Defesa da Paz), lançaram uma campanha pela libertação do guerrilheiro. O governo brasileiro está examinando o caso Medina.
Sobre a Tríplice Fronteira, o documento diz que as áreas de refúgio e planejamento de movimentos terroristas “tendem a ser localizadas ao longo de fronteiras entre países de governos ineficientes”. Para o Departamento de Estado, o governo brasileiro “condena vigorosamente o terrorismo, mas nnão fornece o necessário apoio político e material para fortalecer as instituições antiterrorismo”.
Com agências