Escolas americanas não venderão mais refrigerantes

Refrigerantes com muitas calorias não serão vendidos nas escolas dos Estados Unidos depois do fechamento de um acordo entre os principais distribuidores de bebidas do país.

A medida significa que as escolas primárias e do ensino fundamental vão poder vender para alunos americanos sucos sem açúcar, água e leite com menos gordura. Refrigerantes dietéticos serão permitidos apenas em escolas do ensino médio.

As gigantes do setor nos Estados Unidos, Coca Cola, PepsiCo e Cadbury Schweppes, assinaram o acordo visando diminuir a obesidade e deve afetar 87% do mercado de bebidas para escolas no país.

O acordo foi idealizado pela Aliança por uma Geração Mais Saudável, uma iniciativa conjunta da Fundação William J. Clinton e a Associação Americana do Coração, como parte de um programa de saúde para escolas.

A medida foi tomada devido à crescente preocupação gerada por relatórios que mostravam o crescimento da obesidade infantil.

Refrigerantes são freqüentemente culpados pela obesidade infantil por terem muitas calorias e serem os preferidos de crianças.

Eventos com adultos

O acordo prevê que bebidas com açúcar ou calorias não serão mais vendidas em máquinas, cantinas ou durante atividades fora do período escolar realizadas dentro da escola.

As restrições também se aplicam a bebidas que escolas compram de distribuidores para vender em eventos esportivos ou de levantamento de fundos.

Mas as vendas de refrigerantes em eventos como peças de teatro na escola, apresentações musicais e de esporte, onde parte dos participantes é adulta, não serão afetadas.

"Acredito que ninguém deve subestimar a influencia deste acordo", disse Susan Neely, presidente da Associação de Bebidas Americana.

A associação representa grandes fabricantes e distribuidores de bebidas não-alcoólicas nos Estados Unidos.

O presidente da Associação Americana do Coração, Robert Eckel, disse que o acordo é "realmente o início de um grande esforço para alterar a obesidade infantil no sistema escolar".

A Aliança para uma Geração mais Saudável afirmou que cerca de 35 milhões de estudantes serão afetados no país inteiro. O acordo se aplica a todas as escolas públicas que têm contratos com distribuidores de bebidas.

Com informações da BBC Online